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2018-09-14 às 13h43

Sucesso educativo deve ser a «grande prioridade» do País, da escola e das famílias

Primeiro-Ministro António Costa e Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, na inauguração do Núcleo Escolar de Foros da Branca, Coruche, 14 setembro 2018 (foto: Paulo Cunha/Lusa)
O sucesso educativo deve ser a «grande prioridade» do País, das escolas e das famílias, afirmou o Primeiro-Ministro António Costa na inauguração do Núcleo Escolar de Foros da Branca, em Coruche.

A escola, que foi renovada, dota a freguesia com um espaço escolar moderno, frequentado por mais de meia centena de crianças, do pré-escolar ao 1.º ciclo.

O Primeiro-Ministro afirmou que «o sucesso educativo não é só aprender a ler ou a escrever, é aprendermos todos a ser cidadãos e a termos a liberdade de, no futuro, termos a oportunidade de ser aquilo que tivermos condições para ser».

António Costa sublinhou a importância do pré-escolar «neste trabalho para o sucesso educativo»: «Todos os estudos dizem que as meninas e menis que frequentaram o pré-escolar tiveram melhores condições para ter um melhor percurso educativo».

«Por isso, fixámos como objetivo para esta legislatura universalizar a todas as crianças com três anos o acesso ao pré-escolar, e hoje já em 90% dos concelhos do continente esta meta está alcançada», referiu.

O Primeiro-Ministro recordou que «há 20 anos, começou-se a universalizar o pré-escolar aos cinco anos, depois avançou-se para os quatro e agora para os três – são passos que vamos dando para promover o sucesso educativo» e «é um trabalho que tem de prosseguir».
 
Ensino profissional e artístico

Afirmando que «o trabalho pelo sucesso educativo prossegue ao longo de todo o sistema educativo», António Costa destacou a valorização do ensino profissional: «Este ano vão abrir 100 novas salas de ensino profissional e a meta que temos é que metade dos jovens que frequentam o ensino secundário possam ter formações profissionais».

«Isto é essencial para que todos – independentemente dos seus gostos e das suas aptidões – sintam na escola um espaço que contribui para a sua realização», disse, remetendo para a visita do Ministro da Educação à Escola Profissional de Almada.

Por outro lado, «e também essencial valorizar o ensino artístico, não só para aproveitar o potencial de quem tem vocação para ser artista, mas porque ele é essencial para enriquecer a educação de todos nós», disse, referindo a inauguração do Conservatório de Música de Loulé.

Diversificar a oferta

O Primeiro-Ministro sublinhou que «é diversificando a oferta educativa que vamos criando melhores condições para um maior sucesso educativo».

Assim, «este ano entram em vigor em todos o País duas experiências que iniciámos há dois anos e que são muito importante para este objetivo»: 

Uma, é «a redução do número de alunos por turma para que os professores possam dar maior atenção a cada criança».
 
Outra, é «a generalização da flexibilização curricular, porque é a forma de, com as autonomia das escolas e agrupamentos, se desenvolverem as estratégias mais eficazes para chegar a cada comunidade, a cada conjunto de alunos o obter os melhores resultados», disse.

A flexibilização curricular «é também a melhor forma de percebermos que a aprendizagem não são compartimentos estanques»: é saber contar para resolver problemas de física, ou saber ler para aprender inglês, e compreender que «a integração dos diferentes conhecimentos e matérias é essencial para aprendermos melhor e, no futuro, usarmos melhor o conhecimento».

António Costa disse ainda que «é também essencial que a escola seja cada vez mais inclusiva», pois «não somos todos iguais».

«Há crianças que têm necessidades educativas especiais, mas isso só significa que temos que ter ainda mais atenção e empenho para os acolher na escola e que façam o percurso na escola com os seus colegas da sua idade para poderem ter uma participação ativa na nossa sociedade».

O Primeiro-Ministro disse também que «para o País, a educação, o acesso ao conhecimento, tem de ser uma prioridade de todos: do Estado, das famílias, porque é aprendendo que podemos realizarmo-nos, mas é também através do conhecimento que podemos ajudar as nossas terras e o nosso País a desenvolver-se».