O sucesso educativo deve ser a «grande prioridade» do País, das escolas e das famílias, afirmou o Primeiro-Ministro António Costa na inauguração do Núcleo Escolar de Foros da Branca, em Coruche.
A escola, que foi renovada, dota a freguesia com um espaço escolar moderno, frequentado por mais de meia centena de crianças, do pré-escolar ao 1.º ciclo.
O Primeiro-Ministro afirmou que «o sucesso educativo não é só aprender a ler ou a escrever, é aprendermos todos a ser cidadãos e a termos a liberdade de, no futuro, termos a oportunidade de ser aquilo que tivermos condições para ser».
António Costa sublinhou a importância do pré-escolar «neste trabalho para o sucesso educativo»: «Todos os estudos dizem que as meninas e menis que frequentaram o pré-escolar tiveram melhores condições para ter um melhor percurso educativo».
«Por isso, fixámos como objetivo para esta legislatura universalizar a todas as crianças com três anos o acesso ao pré-escolar, e hoje já em 90% dos concelhos do continente esta meta está alcançada», referiu.
O Primeiro-Ministro recordou que «há 20 anos, começou-se a universalizar o pré-escolar aos cinco anos, depois avançou-se para os quatro e agora para os três – são passos que vamos dando para promover o sucesso educativo» e «é um trabalho que tem de prosseguir».
Ensino profissional e artístico
Afirmando que «o trabalho pelo sucesso educativo prossegue ao longo de todo o sistema educativo», António Costa destacou a valorização do ensino profissional: «Este ano vão abrir 100 novas salas de ensino profissional e a meta que temos é que metade dos jovens que frequentam o ensino secundário possam ter formações profissionais».
Por outro lado, «e também essencial valorizar o ensino artístico, não só para aproveitar o potencial de quem tem vocação para ser artista, mas porque ele é essencial para enriquecer a educação de todos nós», disse, referindo a inauguração do Conservatório de Música de Loulé.
Diversificar a oferta
O Primeiro-Ministro sublinhou que «é diversificando a oferta educativa que vamos criando melhores condições para um maior sucesso educativo».
Assim, «este ano entram em vigor em todos o País duas experiências que iniciámos há dois anos e que são muito importante para este objetivo»:
Outra, é «a generalização da flexibilização curricular, porque é a forma de, com as autonomia das escolas e agrupamentos, se desenvolverem as estratégias mais eficazes para chegar a cada comunidade, a cada conjunto de alunos o obter os melhores resultados», disse.
A flexibilização curricular «é também a melhor forma de percebermos que a aprendizagem não são compartimentos estanques»: é saber contar para resolver problemas de física, ou saber ler para aprender inglês, e compreender que «a integração dos diferentes conhecimentos e matérias é essencial para aprendermos melhor e, no futuro, usarmos melhor o conhecimento».
António Costa disse ainda que «é também essencial que a escola seja cada vez mais inclusiva», pois «não somos todos iguais».
«Há crianças que têm necessidades educativas especiais, mas isso só significa que temos que ter ainda mais atenção e empenho para os acolher na escola e que façam o percurso na escola com os seus colegas da sua idade para poderem ter uma participação ativa na nossa sociedade».
O Primeiro-Ministro disse também que «para o País, a educação, o acesso ao conhecimento, tem de ser uma prioridade de todos: do Estado, das famílias, porque é aprendendo que podemos realizarmo-nos, mas é também através do conhecimento que podemos ajudar as nossas terras e o nosso País a desenvolver-se».