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2018-07-09 às 12h22

Startups vão encurtar o tempo necessário para alcançarmos os países mais desenvolvidos

Primeiro-Ministro António Costa discursa na sessão de apresentação das novas medidas do Programa Startup Portugal, Lisboa, 9 julho 2019 (foto: António Cotrim/Lusa)
Primeiro-Ministro na apresentação de novas medidas do Startup Portugal
«O ecossistema das startups é muitíssimo importante para Portugal, porque é ele que nos vai permitir encurtar o tempo que seria normal para alcançarmos os países mais desenvolvidos», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa na sessão de apresentação de 20 novas medidas do Programa Startup Portugal – Estratégia Nacional para o Empreendedorismo, em Lisboa.

O Primeiro-Ministro acrescentou que «é por isso que esta política não é isolada no conjunto da estratégia de desenvolvimento do País - estratégia assente na inovação - , mas é um pilar fundamental desta estratégia, porque é aqui que se pode conjugar quer a capacidade de inovar, quer a de nos internacionalizarmos».

«O conjunto destas políticas de desenvolvimento do ecossistema das startups, de melhoria das condições de financiamento e das oportunidades de internacionalização são importantes para podermos continuar a ter um ecossistema tão dinâmico como é o nosso», disse ainda António Costa na sessão que teve também uma intervenção do Ministro da Economia.

Inovação

O Primeiro-Ministro referiu que Portugal fez «a opção fundamental» de cumprir os critérios do euro e de criar emprego de qualidade e ter um desenvolvimento sustentável, acrescentando que «esta equação só tem uma forma de ser resolvida, que é apostar na inovação, porque a inovação permite ganhar escala de valor nos produtos e nos serviços» que vendemos e prestamos.

Por isto, «a inovação tem de ser uma política prioritária, transversal a todas as áreas do Governo», disse, acrescentando que «só há inovação quando temos recursos humanos capazes de inovar, sendo, por isso, essencial o investimento que está a ser feito na educação». 

Estes recursos humanos qualificados «têm de ter empresas onde possam inovar», para o que foram criados «mecanismos que permitem a transferência do conhecimento das universidades, dos centros de investigação, para as empresas», através do «programa mais importante do Programa Nacional de Reformas», o Interface

Para serem capazes de aproveitar o conhecimento e os recursos humanos, as empresas têm de compreender «a imprescindibilidade de inovarem para serem mais produtivas, ganharem competitividade e exportarem cada vez mais».

A internacionalização também é essencial, disse o Primeiro-Ministro, referindo «o esforço que é necessário fazer para abrir mercados que estavam fechados». 

Startups são fundamentais

«Em toda esta cadeia as startups são fundamentais», sublinhou António Costa.

Primeiro, «porque o desenvolvimento de um ecossistema de startups é um motor de inovação, porque quanto mais descentralizadas forem as condições de criação, mais oportunidades temos de inovar mais e melhor». 

«O desenvolvimento deste ecossistema, a partilha entre as startups, a complementaridade com as empresas tradicionais, são a chave para podermos ter uma dinâmica mais inovadora na economia».

Em segundo lugar, pelo impacto na internacionalização. «Muita gente chama a atenção para a importância do Websummit, e ele é importante porque é uma gigantesca vitrina do Portugal moderno, criativo, com recursos humanos altamente qualificados, para o mundo». 

Internacionalização

O Primeiro-Ministro disse que a internacionalização «tem sido essencial para o desenvolvimento das empresas» e, ao internacionalizarem-se, as empresas «têm dado um contributo enorme para mudar a imagem internacional do País», dando o exemplo da sapataria online portuguesa que chega a 140 mercados.

«O facto de hoje no mundo se saber que Portugal é um país com recursos humanos qualificados, empresas inovadoras, grande dinâmica de criatividade assente no ecossistema das startups tem sido essencial para atrair investimento que antes não vinha para Portugal», afirmou.

«Naturalmente que é essencial que a Volkswagen mantenha cá a produção dos seus automóveis, mas é muito importante que a VW tenha compreendido que também pode produzir software. Seria muito importante que outros fabricantes viessem para cá produzir automóveis, mas é muito importante que já tenham começado a vir produzir serviços de mobilidade ou centros de desenvolvimento das tecnologias do futuro da mobilidade», sublinhou.

Interior

O Primeiro-Ministro afirmou também que o ecossistema de startups tem impacto no conjunto do País, apontando como exemplo «o último unicórnio, a Outsystems, tem uma base em Oeiras, mas tem um grande centro de desenvolvimento em Proença-a-Nova com centenas de engenheiros».

«Quando lá estive, eles disseram-me que têm ali uma qualidade de vida que não encontravam no litoral, com escolas, equipamentos, e casas, a um custo que não teriam no litoral, e a duas horas do aeroporto que dá acesso a todo o mundo».

António Costa apontou também o exemplo do Instituto Politécnico de Bragança que é «o estabelecimento de ensino superior com o maior número de patentes registadas».