O Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmou que as medidas inscritas no programa Startup Portugal estão a promover uma «revolução tecnológica que não tem barreiras nem geografia e que pode ser também um importante fator de desenvolvimento internacional».
Em Lisboa, no lançamento das medidas do Programa #StartUp Portugal+, numa cerimónia onde o
Primeiro-Ministro também interveio, Manuel Caldeira Cabral destacou o
trabalho feito pelo Governo nos últimos dois anos, salientando os três pilares fundamentais do desenvolvimento de uma estratégia integrada: acelerar o crescimento, dinamizar o ecossistema e internacionalizar as startups portuguesas.
«Acelerar o crescimento das startups era um objetivo central mas para isto eram necessários novos instrumentos de financiamento», disse o Ministro, sublinhando também a importância da exposição que as startups portuguesas começaram a ter, em ações internacionais promovidas pelo Governo em parceria com o AICEP ou com o Turismo de Portugal.
O Ministro afirmou que este trabalho, além de promover startups e «arranjar negócio no contexto da diplomacia económica, promoveu também Portugal como destino de investimento na área tecnológica». «Promoveu uma mudança da visão do país e Portugal hoje está no mapa para os investidores internacionais», disse.
«Em dois anos, a realidade portuguesa mudou. Hoje temos mais empresas tecnológicas, temos startups que cresceram e que se tornaram unicórnios, startups que já são empresas tecnológicas que faturam mais de mil milhões de dólares, startups que estão a receber investimentos de 360 milhões de euros, investimentos que há uns anos eram vistos como incríveis ou como irrealistas e que hoje estão a acontecer», acrescentou.
O desenvolvimento do ecossistema português foi outro pilar, havendo atualmente uma rede de 135 incubadores espalhadas por todo o País e onde se encontram mais de 3000 startups a trabalhar.
Criação de instrumentos de financiamento O Ministro da Economia frisou a importância da criação de «um conjunto muito amplo de medidas de financiamento» para as várias fases de evolução das startups, destacando programas como o Startup Voucher, o programa fiscal Semente ou os fundos de business angels ou de capital de risco.
Manuel Caldeira Cabral acrescentou também que há um novo instrumento, terminado este ano, que «está completo e pronto a receber investimentos, e que deve ter já investimentos concretizados até ao final do ano».
O programa 200M, com uma capacidade de financiamento de 200 milhões de euros, é «um instrumento inovador que quer coinvestir com os melhores, trazer investidores com conhecimento e capacidade financeira para investirem nas startups portuguesas, para as fazer crescer e internacionalizar.
Atração de empresas para Portugal «A internacionalização faz-se também trazendo empresas para Portugal», afirmou Caldeira Cabral, destacando a aplicação do Startup Visa, um instrumento que atribui um visto a empresas que queiram trabalhar em Portugal.
«Temos 200 candidaturas de sete países diferentes em três meses mas queremos continuar a atrair mais empresas para o tornar o ecossistema mais internacional», disse.
O Ministro destacou ainda o volume de investimentos que algumas das empresas estão a atrair para Portugal, como a ronda de investimentos de 360 milhões de Outsystems, afirmando que «os investidores internacionais estão a olhar para as empresas portuguesas como empresas para investir já em fases muito mais avançadas, com projetos já maduros e forte potencial de crescimento».
«Estas empresas são, sem dúvida, uma parte do nosso futuro na parte tecnológica. A outra parte está nos grandes investimentos que conseguimos captar para Portugal, pondo Portugal no mapa dos grandes investidores internacionais», disse.