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2018-05-15 às 12h27

Proteção e socorro das populações é uma «causa nobre e galvanizadora»

Encerramento do curso do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR, Odivelas, 15 maio 2018 (Foto: Paulo Vaz Henriques)
Proteção e socorro das populações é causa nobre e galvanizadora
O Primeiro-Ministro António Costa presidiu à cerimónia da primeira parte do 8.º curso de primeira intervenção, proteção e socorro da Guarda Nacional Republicana, de 390 guardas «que se voluntariaram para se entregarem à causa da maior proteção e socorro», numa cerimónia que decorreu em Odivelas.

O Primeiro-Ministro referiu que esta primeira fase do curso «destinou-se a conferir a todos um vasto leque de conhecimentos, técnicas e regras de empenhamento que são o garante da segurança própria e a condição de êxito da vossa prestação operacional», seguindo-se-lhe a formação em exercício. 

António Costa destacou o significado da escolha dos militares da GNR por uma missão de «riscos e sacrifícios em paralelo com a satisfação pessoal de entrega a uma causa nobre e galvanizadora de cuidar e auxiliar quem se encontra em estado de necessidade».

«O simbolismo desta adesão a uma causa pública da maior relevância, de proteção e socorro de pessoas, de bens e do património natural e ambiental, com elevado profissionalismo e competência» sublinha «a importância que a coesão, o espírito de corpo e a entreajuda devem emergir nos momentos de risco, dificuldade ou sacrifício».

Reforço das capacidades da GNR

O Primeiro-Ministro referiu que «na nova estratégia para defesa da floresta contra incêndios definida pelo Governo, a GNR continua a deter atribuições centrais e relevantes, algumas das quais substancialmente acrescidas, e outras bastante reforçadas». 

Para isso, «o Governo decidiu reforçar e aumentar as capacidades já existentes, acrescentar novas áreas territoriais de responsabilidade e atribuir novos recursos e novos meios», quer em militares, quer em guardas florestais, disse.

«No segmento de supressão de incêndios florestais, tendo em consideração as taxas de eficácia de intervenção do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS), decidiu-se alargar a sua área de responsabilidade dos atuais 11 distritos para a totalidade do território continental e a Região Autónoma da Madeira», afirmou.

O GIPS passa a estar presente «em 38 centros de meios aéreos, ao invés dos atuais 22», sendo também alargada a sua intervenção em operações de ataque aos fogos rurais.

GIPS com mais homens e meios

Para isto, «foi aumentado o efetivo do GIPS passando de 594 elementos para 1029», que passa a ter «presença de equipas de intervenção helitransportadas em todo o território do continente, apoiadas por equipas motorizadas de intervenção terrestre de ataque inicial e de ataque ampliado».

Assim, «estamos mais aptos a responder aos desafios e riscos que os incêndios florestais nos colocam, numa clara aposta numa intervenção célere e qualificada, perante incêndios nascentes, e numa intervenção rápida e robusta quando a primeira intervenção não produza os resultados desejados», afirmou o Primeiro-Ministro.

Desta forma, «teremos uma floresta mais protegida e as populações e os seus bens em maior segurança num cenário de risco acrescido devido às alterações climáticas, à degradação da floresta e ao despovoamento de grandes faixas do território», acrescentou.

Para proteger é preciso estar protegido

António Costa referiu que a primeira fase da formação dos novos guardas do GIPS durou 400 horas, tendo sido gastos 290 mil euros em fardamentos, 5 milhões em viaturas e equipamentos, e tendo ainda sido recuperados e preparados imóveis para os acolher.

O Primeiro-Ministro sublinhou que «para proteger é preciso estar protegido e, por isso ninguém pode ser empenhado em qualquer missão sem ser dotado dos meios necessários para a poder desempenhar cabalmente». 

«Embora os equipamentos necessários, mercê da sua especificidade, estejam em alguns casos atrasados», «o Governo continua a envidar todos os esforços para a sua atempada disponibilização», afirmou.

A cerimónia do 8.º curso de primeira intervenção de proteção e socorro decorreu no dia do 9.º aniversário da Unidade de Intervenção da GNR, cuja ação em prol da segurança pública o Primeiro-Ministro elogiou, destacando «o empenho, a dedicação, a disponibilidade e o sentido de serviço público, valores que a GNR cultiva em elevado grau e que norteiam a conduta dos seus elementos».

No dia 14, o Governo apresentou o Programa Nacional de Redução de Ignições e foram assinados dois protocolos para vigilância e redução de comportamentos de risco, numa sessão presidida pelo Primeiro-Ministro e que contou com uma intervenção do Ministro da Agricultura, Floresta e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos.