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2017-12-17 às 17h21

44 novas viaturas entregues aos sapadores florestais

Primeiro-Ministro, António Costa, e Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, na entrega de 44 novas viaturas a sapadores florestais, Lousã, 17 dezembro 2017 (Foto: Paulo Cunha/Lusa)
O Primeiro-Ministro, António Costa, e o Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, entregaram 44 novas viaturas às equipas de sapadores florestais mais antigas do País, de 41 concelhos, num investimento de 2,5 milhões de euros.

Na Lousã, o Primeiro-Ministro disse que o Governo vai, «todos os anos, fazer o reequipamento que aqui iniciámos das equipas mais antigas», com a entrega de 35 viaturas em 2018 e de 42 viaturas em 2019, num total de mais 77 viaturas nos próximos dois anos. António Costa referiu ainda que, no mesmo período, serão criadas 200 novas equipas de sapadores florestais, com mais 1000 efetivos.

«Na proteção da floresta, os sapadores florestais têm um papel crescentemente importante porque são elementos essenciais para aproximar a prevenção do combate» a incêndios, sublinhou ainda o Primeiro-Ministro, lembrando que outro papel relevante dos sapadores florestais consiste no «trabalho que desenvolvem ao longo do ano para a gestão do combustível, ordenamento da floresta, vigilância e primeira intervenção».

Reforma da floresta, prevenção e combate a incêndios

António Costa realçou que o principal aspeto da reforma da floresta é «dotá-la de uma capacidade de viabilidade económica que permita fazer uma gestão que seja uma fonte riqueza para as populações».

«Dada a necessidade de não nos limitarmos a responder à emergência nem a preparar o futuro», o Primeiro-Ministro alertou para que é preciso apostar na prevenção no combate aos incêndios, «para que, no próximo ano, não se repitam as tragédias» que marcaram 2017, ou seja, os incêndios de Pedrógão Grande (junho) e de dia 15 de outubro.

António Costa lembrou que o Governo iniciou a reforma da floresta «em outubro de 2016, no trabalho com a Assembleia da República para a sua aprovação, e que está agora no terreno, permitindo concretizar uma ambiciosa intervenção».

«Houve o tempo de emergência, onde foi necessário acabar de combater as chamas, socorrer os feridos, reconstruir o que ficou destruído, recuperar o potencial agrícola, a capacidade da atividade económica, as habitações das populações e devolver vida a esses territórios», afirmou o Primeiro-Ministro.

E acrescentou: «Depois, há um outro tempo, que é o tempo de longo prazo, onde temos de investir naquilo que é estratégico para o País, na capacidade de revitalizar economicamente o interior, condição essencial para a criação de emprego, que fixe e atraia populações».

Recuperação dos incêndios de outubro em marcha

Em Tábua, durante a visita a uma casa em reconstrução, António Costa disse: «Temos que impor, relativamente a estes incêndios de 15 de outubro, a mesma energia e a mesma determinação que temos estado a desenvolver face à tragédia de Pedrógão Grande».

«70% das casas afetadas pelo incêndio de Pedrógão Grande estão concluídas ou em obra», acrescentou o Primeiro-Ministro, lembrando que os incêndios de 15 de outubro tiveram «consequências de uma dimensão muitíssimo superior. Não estamos a falar de 268 casas, estamos a falar de 1483 casas».

Quanto às casas afetadas pelos incêndios de 15 de outubro, «neste momento, estão já 159 concluídas e em obra», acrescentou António Costa, referindo que esta tragédia englobou 36 concelhos, «uma extensão muito grande», que implica 75 milhões de euros para a reconstrução de habitações, contra os 10 milhões de euros necessários no caso de Pedrógão Grande.

«Só na componente de primeiras habitações, temos 75 milhões de euros. É um esforço muito grande e o que estamos a ver é o ponto de situação de dois meses e dois dias depois da ocorrência», sublinhou o Primeiro-Ministro.

Tal como aconteceu em Pedrógão Grande, «tem havido uma mobilização de recursos diversos: nuns casos, os proprietários tinham seguros, noutros casos, tem-se recorrido a outros mecanismos de apoio», referiu ainda, afirmando que a verba para a reconstrução das casas afetadas pelo incêndio de 15 de outubro terá como origem, sobretudo, o Orçamento do Estado.

«Em junho, houve uma grande solidariedade espontânea da sociedade civil. A 15 de outubro, os recursos já tinham sido mais concentrados no primeiro incêndio e aqui o Estado tem de ter um contributo maior. É isso que está previsto no Orçamento do Estado para 2018», concluiu.

Visita às operações de reconstrução na zona Centro

O Primeiro-Ministro passou os dias 16 e 17 de dezembro a visitar a zona Centro do País para se inteirar das operações de reconstrução das regiões afetadas pelos incêndios de Pedrógão Grande (junho) e de 15 de outubro. Acompanharam António Costa os Ministros Adjunto, Pedro Siza Vieira, do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos.

No dia 16, o Primeiro-Ministro e os Ministros Adjunto, Pedro Siza Vieira, do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, visitaram uma empresa de Figueiró dos Vinhos que já se encontra a laborar após ter recebido apoios comunitários; reuniram-se com a Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande; e visitaram habitações em reconstrução ou já totalmente reconstruídas em Castanheira de Pera e em Pedrógão Grande, respetivamente. António Costa visitou ainda a iniciativa «Pampilhosa Inspira Natal e Solidariedade», em Pampilhosa da Serra.

No dia 17, após entregar as 44 novas viaturas aos sapadores florestais com o Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, na Lousã, o Primeiro-Ministro visitou habitações em reconstrução em Tábua, Tondela e Santa Comba Dão.