O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que a
Linha de Alta Velocidade entre o Porto e Lisboa «é um projeto que une o País» e que reforça a «nossa fachada atlântica», melhorando «a nossa projeção no mundo».
António Costa falava na cerimónia de apresentação da nova Linha de Alta Velocidade, no Porto, onde esteve acompanhado pelo Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que também
interveio.
Na sua intervenção, o Primeiro-Ministro destacou o facto de o projeto, agora apresentado, servir todo o País uma vez que nesta linha circularão também os comboios regulares, cumprindo assim com dois objetivos fundamentais: reforçar a coesão interna e reforçar a nossa competitividade externa.
«Nós não vamos ficar só com as duas áreas metropolitanas mais próximas; isso é essencial para podermos ter uma dimensão de competitividade à escala ibérica. Todo o País será servido porque nesta linha circularão não só os comboios de alta velocidade, como também os que servem o resto» do território, explicou.
António Costa disse também que esta ligação a Espanha vai reforçar a nossa Fachada Atlântica e que a ligação entre Porto e Vigo «é o primeiro passo» para a integração de Portugal «na rede ibérica de Alta Velocidade».
Oportunidade para a indústria nacional
Na sua intervenção o Primeiro-Ministro referiu também que o investimento na indústria ferroviária, nos últimos anos, constitui «uma enorme oportunidade para a indústria nacional», correspondendo ainda a «uma mudança de paradigma», após décadas de investimento na rodovia.
«Tudo entrou nos carris, o comboio pôs-se em marcha e o comboio não tem parado. Não existe nenhuma linha que não esteja em obra, a não ser as que já foram concluídas e isso é uma grande mudança do paradigma», afirmou.
Neste âmbito, António Costa deu como exemplo a aquisição de composições, a reativação das oficinas de Guifões, a criação de um Centro de Competências e as agendas mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a reconstrução, em Portugal «de um verdadeiro cluster ferroviário».
António Costa referiu a «resposta muito positiva» da indústria nacional no setor, designadamente, a recuperação das composições adquiridas a Espanha, que está a ser realizada em Guifões, Matosinhos.