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2018-01-29 às 19h02

Valorização descentralizada de bens culturais torna o País mais coeso

Primeiro-Ministro António Costa e Ministro da Cultura Castro Mendes na cedência de quadro no Novo Banco ao Museu dos Coches, Lisboa, 29 janeiro 2018 (Foto: Manuel de Almeida/Lusa)
As obras da coleção do Novo Banco que serão expostas em museus nacionais e noutros espaços são «um instrumento da descentralização cultural e da valorização dos diferentes espaços culturais oferecidos no País», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa na assinatura do protocolo que cede um quadro ao Museu dos Coches.

É com «esta estratégia de valorização dos bens culturais e de ajudar o conjunto do País a dotar-se desses bens, a valorizá-los e a exibi-los que nós ajudaremos o País a ser mais coeso», afirmou o Primeiro-Ministro na cerimónia, no Museu dos Coches, em Lisboa.

Esta coesão «é um fator muito importante para a dinâmica económica do País, e por isso também para a atividade económica que sustenta a atividade financeira do Novo Banco, disse ainda.

António Costa recordou que depois da coleção Miró ter ficado em Portugal, e da aquisição de seis obras fundamentais da pintora Vieira da Silva, «este protocolo é mais um passo muito importante de valorização pública dos bens culturais que existem no País e que devem poder ser fruídos por todos os portugueses». 

Ato simbólico

A assinatura deste protocolo de cedência da primeira das 98 obras de pintura a serem exibidas por todo o País, «é simbólica vários títulos» - desde logo pela «ligação entre o cortejo que é exibido no quadro e os coches que podemos ver no museu», disse o Primeiro-Ministro.

Mas é também simbólico da «nova relação de colaboração entre o Estado e o Novo Banco, uma colaboração que assente em o Novo Banco por ao dispor dos portugueses em museus nacionais e outros locais, grande parte do seu acervo cultural», disse.

António Costa destacou que «esta cedência não fazia parte da negociação nem do contrato de compra e venda» do banco à Lone Star, mas fez parte daquilo que era a vontade firme anunciada pela Lone Star de ter um compromisso firme com o País ao adquirir este banco há uns meses atrás».

Este compromisso, «não escrito, e por isso mais importante do que o que estava contratualizado, está aqui a começar a ser cumprido e de uma forma que demonstra bem o que é o valor do banco» e que significa também «que a crise revela que há valores perenes, e não há valores mais perenes que aqueles que resultam da cultura».

O protocolo é ainda «um excelente sinal de como hoje vivemos um tempo diferente, em que a relação do banco antes de ser com o Ministério das Finanças é com o Ministério da Cultura –
não podia haver melhor sinal da estabilidade do nosso sistema financeiro», acrescentou.

O Primeiro-Ministro afirmou que «tal como quando o Estado decidiu conservar a coleção Miró, decidiu que havia de ser exposta numa outra cidade que não Lisboa, a coleção de fotografia também ficará definitivamente exposta, como coleção, numa cidade que não será Lisboa nem o Porto».