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2018-01-29 às 11h31

Coleção de arte do Novo Banco aberta ao público através de acordo com o Estado

O Estado, através da área de Governo da Cultura, e o Novo Banco assinam um protocolo para disponibilizar à fruição pública o património cultural e artístico do Novo Banco, através de parcerias com entidades públicas e privadas, como museus e universidades, de âmbito nacional e regional.

O primeiro protocolo, assinado hoje entre o Novo Banco e a Direção-Geral do Património Cultural, constitui o início de um processo, e servirá de referência para esta estratégia de preservação e fruição pública da coleção Novo Banco.

A assinatura do protocolo será presidida pelo Primeiro-Ministro António Costa e pelo Ministro da Cultura, Castro Mendes, e decorrerá no Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, pelas 17h00.

Assim, por exemplo, a pintura a óleo do século XVIII, «Entrada Solene, em Lisboa, do Núncio Apostólico Monsenhor Giorgio Cornaro», considerada a obra mas importante do núcleo de pintura do Novo Banco, a partir de agora ficará exposta em permanência no Museu Nacional dos Coches, através de um contrato de depósito.

A obra representa um raro e importante registo iconográfico que nos dá a conhecer um cortejo seiscentista que inclui coches e liteiras, semelhantes aos que estão expostos no Museu. 

A exposição desta obra no ambiente escolhido fomenta um diálogo entre vários tipos de peças artísticas, contextualizando-as e permitindo aos públicos um maior conhecimento sobre a época em questão.

Divulgar o património

O Novo Banco cria agora a marca NB Cultura, reunindo sob um único conceito toda a coleção, com o objetivo último de preservar e divulgar o seu vasto património, assente em quatro pilares:

- Coleção de Pintura – mais de 90 obras relevantes de pintura portuguesa e europeia de várias épocas;

- Coleção de Fotografia Contemporânea – uma das melhores coleções empresariais do mundo;

- Biblioteca de Estudos Humanísticos – uma das mais valiosas bibliotecas particulares especializadas;

- Coleção de Numismática – uma das maiores e mais completas coleções de numismática portuguesa.

Coleção de pintura

No que respeita à coleção de Pintura do Novo Banco será concretizado um programa de depósito descentralizado, colocando à fruição pública 97 obras de relevante valor artístico, em vários museus espalhados pelo território nacional.

Entre estas obras estacam-se:

- Obras dos séculos XVI e XVII («Os Financeiros» – pintura de meados do século XVI atribuída a Quentin Metsys; «A Torre de Babel» – pintura de meados do século XVII da Escola Flamenga; e «Entrada em Lisboa do Núncio Apostólico Georgio Cornaro» – pintura de finais do século XVII).

- Pintura estrangeira de finais do século XVIII, onde se destacam as paisagens de Jean Baptiste Pillement, nomeadamente uma interessante representação de um dos momentos que seguiram o naufrágio do navio de guerra San Pedro de Alcântara, nas falésias da Papoa, em Peniche.

- Obras os séculos XIX e XX, destacando-se, no núcleo de pintura portuguesa, obras de mais de trinta autores entre os quais: António Silva Porto, José Malhoa, Artur Loureiro, Júlio Sousa Pinto, Eduardo Malta, Júlio Pomar, Júlio Resende, Eduardo Viana, Maria Helena Vieira da Silva, Manuel d’Assumpção, Carlos Botelho, Manuel Cargaleiro, Mário Dionísio, Nikias Skapinakis, Ângelo de Sousa, Jorge Pinheiro, Graça Morais, e Pedro Croft.

- A coleção conta ainda com um conjunto de quatro relevantes Portulanos (mapas antigos dos portos conhecidos).

Tags: museus, pintura
Áreas:
Cultura