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2017-11-10 às 12h43

Turismo de cruzeiros tem enorme potencial para o crescimento económico do País

Primeiro-Ministro António Costa e Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, na inauguração do terminal de cruzeiros de Lisboa, 10 novembro 2017 (Foto: Nuno Fox/Lusa)
Inauguração do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, 10 novembro 2017

«O turismo tem hoje um peso enorme na nossa atividade económica, mas tem ainda muito para dar», representando 7% do PIB e 18% das exportações, «o que significa que ainda há potencial para reforçar o peso deste setor», disse Primeiro-Ministro António Costa, na inauguração do terminal de cruzeiros de Lisboa, onde esteve também presente a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino. 


O Primeiro-Ministro realçou a necessidade de «políticas para aumentar a atratividade do turismo, através da diversificação de oferta que contrarie a sazonalidade», para mostrar que Portugal não é apenas destino de sol e praia.


«Pelo contrário, é possível o turismo gerar riqueza 365 dias por ano, exemplo disso é o turismo de congressos, com a Websummit», acrescentou António Costa, referindo-se à maior cimeira tecnológica do mundo, que decorreu pelo segundo ano consecutivo em Lisboa, nos dias 6 a 9 de novembro.


Caso exemplar de Leixões


O Primeiro-Ministro disse: «Também o turismo de cruzeiros tem um enorme potencial de crescimento. Na última década, esta atividade aumentou 62%, a nível mundial e mantém-se em plena expansão, representando uma pequena parcela no turismo nacional. Com a nossa posição geoestratégica, há que tirar proveito desta tendência». 


«O crescimento sustentado do turismo de cruzeiros no porto de Leixões tem sido exemplar», acrescentou António Costa, referindo que, «com o novo terminal de cruzeiros, aumentou em 50% o número de passageiros movimentados no primeiro semestre de 2017». «Lisboa só tem de imitar o Porto, o País só tem a ganhar na valorização desta oferta», disse.


O Primeiro-Ministro sublinhou a inovação da Administração Pública nesta área - através do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) –, que passa a controlar os passageiros oriundos de destinos fora do espaço Schengen, os inspetores do SEF embarcando no porto anterior, o que poupa tempo aos passageiros após a acostagem.


Revitalizar o interior 


António Costa disse ainda que a revitalização da Baixa-Chiado nos últimos 10 anos demonstra que «não estamos condenados a nenhuma fatalidade no território do País». 


«Se foi possível revitalizar a Baixa-Chiado e reapropriarmo-nos da frente ribeirinha de Lisboa na última década, também seremos capazes, nos próximos 10 anos, de fazer o mesmo nas zonas deprimidas do País, desde longo no interior», acrescentou.


O Primeiro-Ministro disse: «Aquilo que temos de fazer é revitalizar toda a faixa interior do País, que é – aliás - a região mais próximo do coração do mercado ibérico, plataforma de uma pequena economia de 10 milhões de portugueses, para 60 milhões de pessoas», no conjunto de Portugal e Espanha. 


Investir em infraestruturas exige estabilidade


«Este projeto é um excelente exemplo da importância da continuidade das políticas e da estabilidade das decisões», afirmou António Costa, lembrando que este projeto «começou quando foi criado o comissariado da revitalização da Baixa-Chiado [2006], que propôs esta ideia, de trazer de Alcântara para o centro da cidade este terminal de cruzeiros». 


Aprovado o projeto em 2007, «significa que, ao longo de três governos, correspondentes a quatro mandatos autárquicos, foi possível iniciar uma obra pesada de infraestrutura, abrir o concurso para a construção e concessão deste terminal [2014], e é agora possível estar aqui, finalmente, a inaugurá-lo», acrescentou o Primeiro-Ministro.


«Isto deve ajudar o País a compreender bem por que é que, em matéria de grandes investimentos em infraestruturas, é essencial haver acordos políticos alargados que assegurem a sua continuidade», concluiu.