Saltar para conteúdo
Histórico XXI Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Notícias

2018-09-26 às 14h46

«Todos beneficiam com a descentralização na área dos transportes»

Primeiro-Ministro António Costa e Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, na cerimónia de lançamento do concurso aberto pelo Metropolitano de Lisboa, Lisboa, 26 setembro 2018 (Foto: Clara Azevedo)
O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que «todos beneficiam com a descentralização na área dos transportes» durante a cerimónia de lançamento do concurso aberto pelo Metropolitano de Lisboa para a renovação do sistema de sinalização e para a aquisição de 14 novas unidades triplas de material circulante,no valor de 126 milhões de euros.

António Costa referiu que a estratégia de descentralização tem permitido «a cada uma das entidades concentrar-se naquilo que lhe compete». «A prova é que a Carris está melhor, porque o acionista [a Câmara Municipal de Lisboa] está focado exclusivamente na empresa», disse.

«Mas o Metro também está melhor e as outras empresas em que o Estado é acionista estão melhores porque o Estado se libertou da atenção e do encargo com a Carris ou com os STCP» (Serviço de Transportes Coletivos do Porto), acrescentou.

Esta estratégia permite ainda que o Estado se foque naquilo que é essencial: «Suprir as necessidades de transporte coletivo em áreas em que nem os municípios nem as áreas metropolitanas podem assegurar por si esse serviço público».

Sistema integrado de mobilidade metropolitana

«Vamos conseguir concretizar um sonho que era inimaginável mesmo para aqueles que o defenderam ao longo de décadas, que é podermos ter um verdadeiro sistema de mobilidade metropolitana efetivamente integrado nos seus horários, na bilhética e na sua marca», disse António Costa, reiterando que «é prioritário prosseguir este investimento».

O Primeiro-Ministro salientou a importância de a primeira etapa desta reforma incidir sobre o centro das áreas metropolitanas porque «a periferia só funciona bem quando o centro estiver a funcionar bem». «Temos de investir no centro e prepararmo-nos para chegar cada vez mais longe», afirmou.

Aumento do investimento público

António Costa destacou que a aposta no sistema de mobilidade metropolitana tem sido possível em parte devido ao aumento do investimento público, que caminha para atingir os 40% em 2018.

A capacidade de elevar este valor é consequência da consolidação orçamental saudável e sustentada que teve como fatores de base a confiança – que permitiu a Portugal «poupar 1400 milhões de euros no serviço da dívida que tinha para pagar» -, do crescimento económico e do aumento da criação de emprego.

«A saída do Procedimento por Défice Excessivo, a reclassificação da dívida portuguesa pelas agências de notação e a redução dos juros pagos pela dívida pública criaram uma margem que permite a Portugal aumentar o investimento público. No ano passado, o investimento público aumentou 25% e este ano caminhamos para que possa aumentar 40%», sublinhou António Costa.

O Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, referiu no seu discurso que «quando tomámos posse, tínhamos 30 unidades triplas paradas. Hoje ainda temos 13, mas já conseguimos cumprir com regularidade as nossas obrigações. Na passagem de ano – com o Metro a funcionar, o que é também uma novidade recente – todas as unidades triplas estarão operacionais».