Confirma-se o regresso dos investimentos ao setor dos transportes – e a aposta do Governo na descarbonização da economia e da sociedade.
Não foi por acaso que comecei esta intervenção juntando os transportes e a descarbonização – é mesmo intencional.
(...)
Qual é a nossa visão para a mobilidade?
A digitalização é essencial num novo padrão de mobilidade que fomente a ubiquidade na deslocação e a livre escolha.
A eletrificação na mobilidade é indispensável à qualidade do ar nas cidades, mais ainda num país, o nosso, onde quase 60% da energia elétrica provém de fontes renováveis e onde, em março deste ano, se ultrapassou os 100%.
A partilha – esse terceiro género da mobilidade que não é nem individual nem coletivo – diminuirá o consumo de território pelos parques de lata que são os estacionamentos e permitirá um uso racional do automóvel, de que teremos de deixar de ser donos, num mundo de matérias finitas.
A gestão integrada dos transportes públicos, com bilhética unificada e um preçário adequado, que torne evidente a vantagem económica e ambiental dos modos coletivos de transporte quando comparados com os modos individuais.
E, por fim, uma conceção – e consequente desenho – das cidades para todos os tipos de mobilidade, em vez da reverência e capitulação ao automóvel.
Parece claro que este é o tempo da mobilidade.
Leia o discurso na íntegra