A Secretária de Estado da Defesa Nacional, Ana Santos Pinto, esteve no aeroporto militar de Lisboa para receber os 41 militares portugueses que chegaram de uma missão de apoio a Moçambique, após a passagem do ciclone Idai.
Na sua intervenção, Ana Santos Pinto agradeceu aos militares o seu empenho e a «extraordinária prontidão de resposta», acrescentando que «é com enorme orgulho que, em representação do Estado português, dou as boas vindas, a cada um de vós, neste momento em que regressam da missão que cumpriram em Moçambique».
«Em menos de 12 horas, sem aviso prévio, estavam a descolar para Moçambique para uma exigente missão de ajuda humanitária. Mostraram, de forma clara, que podemos, sempre, contar com as Forças Armadas portuguesas. Com a vossa dedicação, com a vossa abnegação e sentido de dever», disse ainda.
Ana Santos Pinto agradeceu também às famílias que «na retaguarda garantem o apoio e a estrutura necessária para que possam estar disponíveis para cumprir as missões que vos são confiadas».
A Secretária de Estado manifestou igualmente o seu «reconhecimento pela importância e exigência da missão» que os militares realizaram e «pela ajuda valiosa que deram num momento tão difícil para o povo de Moçambique».
Uma missão «simbólica e marcante»
Durante uma semana, a Força de Reação Imediata, transportada pela Força Aérea e composta por fuzileiros da Marinha e militares do Exército, desempenhou, em Moçambique, missões de reconhecimento, busca e salvamento, apoio médico e sanitário, apoio à vacinação, distribuição alimentar e de medicamentos, apoio à purificação da água e apoio ao consulado português.
Na Beira permanecerá por mais alguns dias uma equipa de 6 militares de comunicações, de engenharia e de apoio de serviços, para assegurarem a capacidade de comunicações satélite no consulado português e efetuarem purificação de água junto às populações.
Ana Santos Pinto destacou o facto de estar ser uma «missão conjunta dos três Ramos das Forças Armadas portuguesas», pelo que é também «particularmente simbólica e marcante, porque demonstra a prontidão, a formação e a capacidade operacional das Forças Armadas portuguesas».
«Sabemos que estão preparados para responder e cumprir, em conjunto, as missões que vos são confiadas. E isso deixa os portugueses orgulhosos das suas Forças Armadas», disse ainda.
A Secretária de Estado agradeceu também ao Comandante da Força de Reação Imediata envolvida na missão, coronel José Sobreira, pelo seu desempenho e afirmou que a «determinação e espírito de missão» de todos os militares envolvidos «fez a diferença no cumprimento da missão de ajuda humanitária».
«Como devem ter testemunhado pessoalmente, a força militar, por si só, não será a mais adequada para recuperar as povoações afetadas. No entanto, as capacidades únicas das Forças Armadas fizeram a diferença na resposta imediata para aliviar o sofrimento do povo Moçambicano, e para apoiar a Comunidade portuguesa residente naquele país», disse ainda.