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2018-07-12 às 14h03

Relação estrutural entre Europa e Estados Unidos «perdurará seguramente»

Primeiro-Ministro António Costa no final da cimeira da NATO, Bruxelas, 12 julho 2018
«A NATO não é uma organização que tenha nascido ontem, não é um evento conjuntural», e numa organização destes «pode haver momentos de maior proximidade ou de maior afastamento, mas que há uma relação estrutural que perdura e que perdurará seguramente», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa no final da cimeira da Aliança Atlântica, em Bruxelas.

Na sua declaração final, o Primeiro-Ministro acrescentou que «devemos sempre encarar estes momentos de maior tensão com a serenidade e a racionalidade devida, de forma que as coisas se reconduzam para o ponto certo», tanto mais que «as relações entre a Europa e os Estados Unidos têm uma longa tradição», tendo a NATO/OTAN sido formada em 1949. 

Acerca da necessidade de aumento da despesa militar para fazer frente às novas ameaças, acordado na cimeira de 2014, António Costa disse que Portugal encontrou um «modo inteligente de simultaneamente ter Forças Armadas com maior capacidade, um sistema naval mais robusto e uma indústria mais competitiva» no quadro de evolução até 2024 que entregou ao Secretário-geral no primeiro dia da cimeira da OTAN.

Soberania nacional e produção nacional

«Reforçar a capacidade das nossas Forças Armadas é reforçar a soberania nacional, investir no sistema científico e na indústria nacional é reforçar a capacidade de produção nacional, e isso obviamente é defendido de forma muito consensual no conjunto da sociedade portuguesa. Se o nosso programa de aquisições fosse para adquirir armamento importado, seguramente seria menos consensual», afirmou.

O quadro de evolução anual apresentado por Portugal inclui a aquisição de cinco ou seis aviões logísticos KC390, a construção de novos navios de patrulha oceânica, e de um navio logístico polivalente, assim como a mobilização de mil milhões de euros para investigação e desenvolvimento em área de duplo uso, civil e militar.

O Primeiro-Ministro disse ainda que «devemos procurar em cada euro satisfazer vários dos objetivos que temos. Desta vez, o que conseguimos com o programa que apresentamos, é reforçar as capacidades das nossas forças armadas, a capacidade do nosso sistema científico e a capacidade da nossa indústria. Acho que isso é um bom investimento», sublinhou. 

António Costa afirmou ainda que o aumento progressivo para os objetivos definidos na Cimeira de Gales «é o esforço que podemos e devemos fazer», não tendo havido qualquer alteração no objetivo, nem havendo razão para ela.