«Esta foi a legislatura que reintroduziu o diálogo social no nosso País, que assumiu o combate pela igualdade e contra a pobreza, e pelo aumento da proteção social», afirmou o Ministro do Trabalho Solidariedade e Segurança Social no debate do estado da Nação, na Assembleia da República.
O Ministro sublinhou a existência de «mais 350 mil empregos do que no início desta legislatura», referindo que este emprego «foi criado pela economia ao mesmo tempo que subimos o Salário Mínimo para o seu valor real mais elevado desde a sua criação».
Este aumento do Salário Mínimo «não gerou mais desemprego, não impediu mais contratação, nem sequer impediu o aumento geral dos salários», disse, apontando a «estabilidade do peso dos trabalhadores a receber Salário Mínimo».
«Mas mais relevante ainda é o facto de, entre janeiro e abril de 2019, o emprego global calculado nas bases de dados da segurança social ter crescido 138 mil trabalhadores em termos homólogos, enquanto o número de pessoas que recebem o salário mínimo cresceu menos de 8 mil», disse.
Vieira da Silva destacou o facto de «mais de 50% do crescimento do emprego» corresponder a trabalhadores com formação superior, e «mais de 60%» a trabalhadores com o ensino secundário, «tendo naturalmente diminuído o peso dos trabalhadores com formações inferiores», embora estejamos «ainda longe do que precisamos, mas estamos a evoluir no caminho certo».
Ao mesmo tempo, verificou-se «a maior redução da taxa de pobreza dos últimos anos», «acompanhada pela redução, também a mais intensa, dos níveis de desigualdade monetária» tendo a relação entre o rendimento dos 10% mais ricos e dos 10% mais pobres, «que era de 10,1 em 2015», passado «para 8,7 em 2018».
Melhoria na Segurança Social
O Ministro afirmou que «o crescimento das transferências com as pensões do regime da Segurança Social, na legislatura, atingiu mais de 5000 milhões de euros ao longo de toda a legislatura».
Apesar do aumento das transferências sociais, verificou-se o «reforço substancial do Fundo de Equilíbrio Financeiro da Segurança Social» (que garante o pagamento de pensões de reforma no futuro), afirmando que foi permitido pela «combinação de políticas equilibradas de reforço da proteção social, de melhoria da sustentabilidade da mesma e de alargamento das fontes de financiamento».
Vieira da Silva disse que o Governo não ignora «a dimensão dos desafios que a evolução demográfica ou o desafio tecnológico» colocam à Segurança Social, sabendo que «mais tem de ser feito para enfrentar esses desafios».
«Tal fará seguramente desta legislatura aquela em que mais se reforçou o Fundo de Equilíbrio Financeiro da Segurança Social desde a sua existência», afirmou.