O Primeiro-Ministro António Costa visitou o Centro de Meios Aéreos de Monchique, onde estavam presentes viaturas e equipamentos da Proteção Civil do distrito de Faro, tendo antes visitado também um posto de vigia na Fóia e assistido a uma ação de limpeza de uma faixa combustível por equipas de sapadores florestais, numa zona florestal, em Monchique.
O Primeiro-Ministro afirmou que os trabalhos de limpeza dos terrenos devem continuar durante todo o ano: «Não há um prazo, é uma atividade que tem que ser continuada. Se não se foi feita ontem, deve ser feita hoje, se não foi feita hoje, deve ser feita amanhã. Nós temos que continuar a fazer este esforço».
O prazo para a não cobrança de multas por falta de limpeza do mato terminou no dia 31 de maio – a lei estabelece que esse prazo termina a 15 de maio, mas foi prolongado este ano excecionalmente – mas «o nosso objetivo não é andar a cobrar multas», disse, uma vez mais, António Coata.
«O nosso objetivo é termos um território seguro e aquilo que deve motivar as pessoas não é o medo de pagarem a multa, é a necessidade que devem sentir de contribuir para a sua própria segurança» e a dos outros, acrescentou.
Limpar os matos dos terrenos deve ser uma rotina, tal «como ir regularmente ao médico, fazer a revisão ao automóvel ou por ar nos pneus», afirmou o Primeiro-Ministro, que foi acompanhado pelo Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e o Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel João de Freitas.
Evitar comportamentos de risco
Nos dias de muito calor, nomeadamente quando a Proteção Civil emitir alertas a proibir qualquer trabalho, os próprios trabalhos de limpeza – que deverão continuar ao longo do ano – devem ser suspensos.
António Costa insistiu também na necessidade de vigilância, pois o fogo é uma ameaça real para a qual todos, e não só os que trabalham na proteção civil, temos que nos preparar.