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2017-12-04 às 18h12

Portugal e Marrocos são amigos e vizinhos que querem reforçar as suas relações

Primeiro-Ministro António Costa e Primeiro-Ministro de Marrocos, Saadeddine El Othmani, no início da cimeira entre os dois países, Rabate, 4 dezembro 2017 (Foto: Tiago Petinga/Lusa)
Os Primeiros-Ministros de Portugal, António Costa, e de Marrocos, Saadeddine El Othmani, afirmaram vontade dos dois países de desenvolverem as relações bilaterais e de fazerem parcerias para projetos no continente africano.

Esta posição comum foi afirmada no final da reunião entre os dois Primeiros-Ministros no quadro da 13.ª Cimeira Luso-Marroquina, em Rabate.

«Tratou-se de um encontro entre dois países vizinhos e amigos e que querem reforçar as suas relações nos domínios cultural, da educação e do desenvolvimento. Estamos apostados em aumentar a nossa cooperação económica bilateral, mas também entre os continentes africano e europeu», disse António Costa.

O Primeiro-Ministro marroquino salientou a importância de os dois países criarem um esquema triangular de cooperação direcionado para o continente africano, afirmando que «sublinhámos a importância da política africana de Sua Majestade, o Rei de Marrocos», acrescentando que «Portugal e Marrocos podem fazer muitas coisas juntos em África».

Saadeddine El Othmani disse também que «há muitas empresas portuguesas e marroquinas que já estão a operar em África e que podem trabalhar em comum em vários países africanos para benefício dos dois países». 

Economia, cooperação e ligação elétrica

Numa declaração à imprensa, o Primeiro-Ministro disse que, durante a sua reunião com o Primeiro-Ministro Saadeddine El Othmani foram abordados aspetos económicos bilaterais, «a possibilidade de trabalharmos em conjunto em outros países africanos onde empresas portuguesas e empresas marroquinas estão presentes», e a interligação elétrica, que «tem de ser uma prioridade da nossa relação nos próximos anos».

António Costa afirmou que as relações bilaterais «têm uma grande oportunidade de desenvolvimento do ponto de vista económico», referindo que hoje há «mais de 300 empresas portuguesas a investir em Marrocos, as exportações de Portugal têm vindo a subir significativamente, e também os investimentos marroquinos em Portugal têm vindo a aumentar».

O Primeiro-Ministro referiu que «o maior desafio que temos é o de estabelecer a interconexão elétrica entre Portugal e Marrocos, que é uma enorme oportunidade para podermos, de um modo sustentável, contribuir para termos uma melhor fatura energética, em que possamos beneficiar também da produção energética que Marrocos venha a desenvolver, e podermos reforçar a segurança energética quer de Portugal, quer de Marrocos com a diversificação das fontes de fornecimento de energia».

«É um projeto de grande ambição, o estudo está concluído e é positivo, e agora é uma responsabilidade dos dois Governos criarem o quadro necessário para que possam surgir os investimentos que o permitam realizar», acrescentou.