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2019-04-10 às 13h28

Pactos para a competitividade e internacionalização põem «todos a trabalhar em conjunto»

Primeiro-Ministro António Costa discursa na assinatura dos Pactos Setoriais para a Competitividade e Internacionalização, Leiria, 10 abril 2019
«A assinatura destes três pactos setoriais é da maior importância, porque estamos a falar de três setores que são centrais para a construção da nossa economia do futuro», disse o Primeiro-Ministro António Costa.

O Primeiro-Ministro discursava na assinatura dos Pactos Setoriais para a Competitividade e Internacionalização entre a área de Governo da Economia e os clusters do automóvel, de engenharia e ferramentas, e de tecnologias de produção, em Leiria, na qual esteve também o Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira.

A função destes pactos é «assegurar que haja estabilidade, continuidade e alinhamento» e «todos a trabalhar em conjunto para um objetivo comum», para que 2017, 2018 e 2019 «não tenham sido a exceção à regra» da divergência entre a economia nacional e a da União Europeia, «mas tenham mesmo sido os primeiros três anos de uma nova década de convergência sustentada e continuada».

400 mil empregos e 16 mil milhões de exportação

Estes três clusters representam 400 mil empregos, quase 37 mil milhões de euros de volume de negócios e 16 mil milhões de exportações.

O Primeiro-Ministro referiu que «o setor automóvel é seguramente um excelente exemplo de como a partir do investimento direto estrangeiro de alguns grandes construtores foi possível desenvolver toda uma cadeia de atividade industrial na indústria das componentes, do desenvolvimento de software', de desenvolvimento de serviços».

A fileira automóvel é responsável por mais de 75 mil postos de trabalho e 13 mil milhões de euros de volume de negócios, do qual 98% são exportações.

Referiu também que o setor das tecnologias de produção é «absolutamente central não só para a produtividade das empresas, mas também para a substituição de importações», porque a economia portuguesa precisa de «continuar a crescer por via das exportações na internacionalização». 

O cluster das tecnologias de produção contabiliza 127 mil postos de trabalho, 11 mil milhões de euros de volume de negócios e 3 mil milhões de euros em exportações.

Referiu ainda a sua visita à fábrica nova das Faianças Bordalo Pinheiro, que é «um excelente exemplo de como é possível substituirmos as importações, porque a totalidade de toda a nova maquinaria instalada naquela fábrica, desde os fornos aos robots de pintura, a toda a linha de montagem, foi produzida em Portugal e no distrito de Leiria». 

O setor de moldes, ferramentas especiais e plásticos conta mais de 100 mil postos de trabalho e 12 mil milhões de euros de volume de negócios, exportando mais de 90% da produção de moldes, para mais de 80 países.

António Costa sublinhou que «isso significa que este desenvolvimento e criação destas cadeias de valor internas são da maior importância para reforçarem e consolidarem o futuro da nossa economia e em particular o futuro da nossa indústria».

O Primeiro-Ministro afirmou também «que os empresários portugueses continuam a investir e a demonstrar confiança na sua capacidade de crescer, apesar de todo o quadro de incerteza» mundial.

Este quadro, que reduz as perspetivas de crescimento da economia mundial decorre de «vários fatores de incerteza à escala global, desde a ameaças de guerras comerciais, entre grandes blocos comerciais, ao risco do Reino Unido abandonar a União Europeia».

Pactos para a competitividade e internacionalização

No âmbito do Programa Interface, lançado em 2017, Governo reconheceu 20 clusters de competitividade de setores produtivos ou de serviços. 

Estas plataformas agregadoras de conhecimento e competências assumem um papel central na política industrial e na economia portuguesa e têm contribuído de forma notável para o reforço da competitividade do País.

Os Pactos têm como objetivo mobilizar estes setores económicos e toda a sociedade para uma estratégia e missão comuns, associadas às dinâmicas de trabalho em rede, indutoras do desenvolvimento de iniciativas colaborativas.

Em 26 de março, em Lisboa, foram assinados Pactos Setoriais para a Competitividade e Internacionalização com os clusters do agroalimentar, da saúde e da arquitetura, engenharia e construção.