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2019-03-26 às 17h58

Governo assina pactos para a competitividade com clusters do agroalimentar, da saúde e da construção

Primeiro-Ministro António Costa na assinatura dos Pactos Setoriais para a Competitividade e Internacionalização os Clusters do agroalimentar, da saúde e da arquitetura, engenharia e construção, Lisboa, 26 março 2019
O Primeiro-Ministro António Costa presidiu à cerimónia de assinatura dos Pactos Setoriais para a Competitividade e Internacionalização entre a área de Governo da Economia e três Clusters reconhecidos pelo Programa Interface: agroalimentar, saúde e arquitetura, engenharia e construção.

Na cerimónia que decorreu em Lisboa e que foi a primeira de assinaturas destes pactos, o Primeiro-Ministro afirmou que «a constituição destes clusters, a coordenação das políticas, a definição clara das prioridades nas quais devemos focar a nossa atenção, é decisiva para vencer incertezas» que surgem na economia internacional.

É ainda decisiva para «darmos sustentabilidade a esta trajetória» que levou Portugal de exportações que eram 28% do produto, há 10 anos, para 44%, hoje, havendo e «boas razões para ter confiança que, continuando a trabalhar, poderemos fazer chegar, durante a próxima década, as exportações a 50% do PIB».

Ciclo virtuoso

O Primeiro-Ministro referiu-se aos dados da execução orçamental e da dívida pública relativa ao ano passado hoje divulgados pelo INE afirmando que «são resultados históricos: tivemos um défice de 0,5%, uma dívida pública de que desceu para 121,5% do produto».

Estes dados são «motivo de satisfação porque resultam de um ciclo virtuoso que assenta não na política financeira, mas no sucesso da política económica», através da criação de «confiança que justificou o crescimento do investimento e do emprego».

É um «ciclo virtuoso de termos uma economia mais forte que nos ajuda a ter finanças públicas cada vez mais sãs e finanças públicas sãs que ajudam a economia a ganhar força, competitividade, produtividade e internacionalização».

O Primeiro-Ministro referiu que o crescimento assentou em dois vetores fundamentais: o aumento do investimento privado e um aumento significativo das exportações.

A confiança «assenta também em, ano após ano, termos vindo a ganhar quota de mercado em cada vez mais setores» que ou não exportavam ou «exportavam habitualmente para poucos mercados».

Internacionalização

António Costa deu o exemplo do setor agroalimentar que representa hoje 6,7 mil milhões de euros de exportações, «o equivalente à soma das do calçado e do têxtil, que são os nossos campeões históricos nas exportações».

Afirmando que «não há setor que não esteja vocacionado para a internacionalização», acrescentou que «a internacionalização é um factor decisivo para a modernização do tecido económico porque hoje só seremos competitivos com inovação», não havendo setor «no qual a inovação não seja o motor do desenvolvimento, sejam os das tecnologias de ponta da indústria aeroespacial, seja os da agricultura ou da construção».

Todos temos de «manter o foco nos ganhos de competitividade, na melhoria da competitividade das empresas e no esforço de internacionalização», que «é tanto maior quanto maior é a incerteza na economia internacional». 

O Primeiro-Ministro disse que é «nestes momentos de incerteza que mais necessário é o esforço das políticas públicas e a concertação entre as políticas públicas e as empresas».