O Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que a valorização é a primeira prioridade na estratégia da gestão de resíduos, depois da sessão pública de apresentação do
Programa Nacional de Investimentos 2030, nas áreas de Ambiente e Energia, que decorreu em Lisboa.
Matos Fernandes referiu que a reciclagem pode ser o recurso mais evidente na política de «reduzir, reciclar e reutilizar» mas tem menos futuro. «O que é verdadeiramente mesmo importante é reutilizar», acrescentou o Ministro, reforçando a relevância de uma utilização mais inteligente e continuada de matérias-primas.
O Ministro disse que «a intensidade de uso de materiais reduziu-se» nos últimos dois anos, «o que é um bom sinal» mas é preciso continuar a apostar na reutilização, realçando que foram aprovados 82 projetos, avaliados em 167 milhões de euros, para a área dos resíduos.
As metas fixadas apontam para 60% do lixo a ser encaminhado para preparação para reutilização e reciclagem e para 70% de reciclagem de resíduos de embalagem, em 2030, assim como uma deposição em aterro inferior a 10% em 2035.
O Ministro referiu também que a estagnação da taxa de reciclagem de 2016 para 2017 «causa uma grande preocupação: «Sabemos que estamos a cerca de 10% das metas que temos de atingir e, portanto, aumentar em 6% as metas de reciclagem é muito».
Lisboa como Capital Europeia Verde 2020 Matos Fernandes elogiou o trabalho realizado por Lisboa que levou à escolha da cidade portuguesa como Capital Europeia Verde 2020.
O Ministro afirmou que «há um trabalho excecional que está a ser feito por Lisboa ao longo dos anos» e que a cidade serve de exemplo «de práticas ambientais», além de já ser reconhecida por razões patrimoniais, da sua história e da sua localização.
O prémio de Capital Europeia Verde é atribuído anualmente com o objetivo de reconhecer os esforços das cidades com um plano para se tornarem amigas do ambiente e que envolvam a sua população na sustentabilidade ambiental, social e económica.