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2019-03-08 às 14h32

Ministro da Defesa Nacional quer mais mulheres nas Forças Armadas

Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva, durante uma cerimónia no Museu da Marinha, Lisboa, 8 março 2019
O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, destacou o objetivo de aumentar o recrutamento de mulheres para as Forças Armadas, durante uma cerimónia no Museu da Marinha, destinada a assinalar o Dia Internacional da Mulher.

Num evento em que foram condecoradas as primeiras enfermeiras paraquedistas incorporadas nas Forças Armadas em 1961, o Ministro referiu que a percentagem de mulheres nas Forças Armadas ultrapassa, por pouco, os 10% e lamentou que permaneçam «ainda profundamente enraizados elementos de resistência à concretização dos direitos humanos em Portugal».

João Gomes Cravinho referiu que a Defesa Nacional não é exceção mas sublinhou que o objetivo de ter mais mulheres militares «é em primeiro lugar um contributo para umas Forças Armadas mais preparadas e mais competentes».

O Ministro frisou que já «atribuiu aos três chefes dos ramos a responsabilidade de melhorar o nível quantitativo de recrutamento de mulheres», promovendo medidas para a promoção da igualdade, com metas a cumprir até 2021, como a criação da figura do conselheiro de género, de um código de boa conduta para a prevenção e combate ao assédio nos locais de trabalho e de um guia da profissão militar.

«A atratividade de uma carreira na Defesa Nacional, no nosso entender, passa pelo cuidado com aqueles que a integram, homens e mulheres, e insuficiente atenção tem sido dedicado até agora às especificidades das mulheres», acrescentou.

O plano setorial para a promoção da igualdade inclui também medidas como a utilização de «linguagem não discriminatória nos documentos e discursos oficiais», a criação de gabinetes de igualdade nas Forças Armadas no Ministério da Defesa e a realização de um estudo sobre as dificuldades de incorporação e retenção de mulheres na instituição militar.

Igualdade, Conciliação e Formação como eixos de atuação

O Plano Setorial da Defesa Nacional para a Igualdade identifica três eixos claros de atuação – Igualdade, Conciliação e Formação – e metas concretas a atingir nos próximos três anos.

«O primeiro eixo, da Igualdade, visa garantir estruturas de governação que integrem o combate à discriminação, e a promoção da igualdade nos objetivos e nas ações da Defesa Nacional, a todos os níveis», disse João Gomes Cravinho.

O Ministro afirmou a intenção de «garantir que todos os níveis de liderança estão sensibilizados para as questões da igualdade e da não discriminação».

«Para combatermos estereótipos e preconceitos culturais, os símbolos são da maior importância. Mudar a imagem e dar visibilidade às mulheres que diariamente atuam em setores considerados masculinos tem de fazer parte dos nossos esforços. É por isso que queremos mostrar mulheres soldados, mulheres a pilotar aviões, a comandar navios, a liderar forças em teatros operacionais. Queremos mostrar mulheres Generais, adidas, submarinistas e paraquedistas. Enfim, mulheres em todas as funções militares. E queremos uma Defesa Nacional que lhes crie as condições para que as mulheres possam também sonhar com estas carreiras, e transformar os seus sonhos em realidade», acrescentou.