«Mais importante, além de reduzir a impunidade dos poluidores do Tejo, era reduzir o risco, isto é, melhorar a qualidade da água», afirmou o Ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, em Abrantes, na
assinatura de contrato dos cinco novos vigilantes da Natureza, no âmbito do projeto Tejo Limpo.
Para além disto, o Ministro acrescentou que era preciso «assegurar que vão deixar de acontecer episódios como o do fatídico dia 24 de janeiro de 2018», altura em que o rio Tejo se transformou num mar de espuma nesta zona.
«A impunidade para os poluidores do Tejo acabou, e não acabou hoje», disse ainda Matos Fernandes, lembrando que o Governo disse isso «logo há dois anos, com a criação de um plano integrado de fiscalização ambiental para todo o País, que não existia, e onde diversas entidades com várias competências exerciam funções sem que cada um conhecesse o trabalho umas das outras».
O Ministro reafirmou: «Por isso, a impunidade está extraordinariamente reduzida desde essa altura».
Vigilantes da Natureza são hoje «pessoas muito qualificadas»
Sobre a contratação de cinco novos vigilantes da Natureza, que não sucedia em Portugal «há décadas», o Ministro que «estamos a falar de pessoas muito qualificadas, com um perfil profissional e académico muito diferente do que era comum nos guarda-rios».
«Esta equipa é uma garantia muito relevante de que vai haver mais olhos para o rio Tejo, a par de toda uma panóplia de ferramentas analíticas e de tratamento da informação que agora estão ao dispor destes vigilantes da Natureza».
Os cinco profissionais, duas mulheres e três homens, com idades entre os 21 e os 29 anos, vão desempenhar funções de vigilância, fiscalização e monitorização relativas ao ambiente e aos recursos naturais, em especial no domínio hídrico, desenvolvendo ações de formação e de sensibilização dos utilizadores do rio Tejo.