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2018-12-14 às 17h03

Laboratórios Colaborativos recebem investimento de 50 milhões de euros

inistro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, na sessão pública de apresentação das propostas do financiamento base dos Laboratórios Colaborativos, Fundão, 14 dezembro 2018
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, afirmou que os 21 Laboratórios Colaborativos vão receber um investimento de 50 milhões de euros no âmbito da reprogramação do Portugal 2020.

No Fundão, na sessão pública de apresentação das propostas do financiamento base dos Laboratórios Colaborativos, o Ministro realçou que estes laboratórios têm «o objetivo de empregar e estimular o emprego direto e indireto no mercado de trabalho», acrescentando que este investimento público deverá alavancar «pelo menos duas vezes mais outro tipo de investimento público e privado».

«Têm de ser capazes de criar mais de 800 empregos diretos e de vir a criar três vezes mais empregos indiretos nos mercados de trabalho», referiu.

Manuel Heitor sublinhou que Portugal vai ter continuar a formar mais mestres e muito mais doutores, ao mesmo tempo que estimula quer o emprego científico, nas instituições de ensino superior e nos centros de investigação, quer o emprego qualificado.

«Por isto, os Laboratórios Colaborativos também vêm ajudar a diversificar o nosso sistema científico e tecnológico», afirmou.

Denominados de CoLab, devem responder ao desafio da densificação do território nacional em termos de atividades baseadas em conhecimento, através de uma crescente consolidação de formas de colaboração entre instituições de ciência, tecnologia e ensino superior e o tecido económico e social, designadamente as empresas, o sistema hospitalar e de saúde, as instituições de cultura e as organizações sociais.

Cada vez menos jovens para formar

O Ministro destacou que em 2030 Portugal terá apenas 85 mil jovens com 18 anos, ao contrário dos atuais 120 mil. «A questão é que hoje damo-nos ao luxo de só formar 50% dos jovens com 18 anos. Não damos formação superior a outros 50%. Este processo é insustentável no futuro da competitividade de Portugal na Europa», referiu.

Manuel Heitor sublinhou a importância de aumentar em 50% a penetração do ensino superior até 2030 para garantir a Portugal a possibilidade de assumir um cenário de liderança no contexto europeu. Este só será possível com o alargamento da base social, com recurso a fundos, nacionais e comunitários, para o apoio às famílias.

«Esta vai ser, certamente, uma das questões críticas na definição de um cenário 2030 para Portugal. Está assegurada no âmbito desta reprogramação [Portugal 2020], mais uma vez, até 2020. Hoje, a ação social escolar no ensino superior, custa aos contribuintes portugueses e europeus cerca de 150 milhões de euros por ano, sendo coberta a 70% com fundos comunitários, 30% com fundos nacionais», disse.

O Ministro referiu também a necessidade de diversificar e especializar o ensino superior. «Para alargarmos cada vez mais e para sermos mais competitivos, temos de ter um ensino superior muito diversificado e, ao mesmo tempo, especializado», sublinhou.