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2019-03-08 às 15h34

«Esforço constante para afirmar a igualdade em todos os domínios»

Primeiro-Ministro António Costa depois de um almoço com um grupo de mulheres de diversos setores da sociedade no Dia Internacional da Mulher, Lisboa, 8 março 2019 (Foto: António Pedro Santos/Lusa)
O Primeiro-Ministro António Costa destacou a importância da necessidade de fazer um «esforço constante para afirmar a igualdade entre homens e mulheres em todos os domínios».

Num almoço com um grupo de mulheres de diversos setores da sociedade, a propósito do Dia Internacional da Mulher, António Costa referiu que o papel da mulher teve uma «enorme transformação» ao longo das últimas décadas mas alertou para a ilusão de achar que este é um percurso que está concluído.

O Primeiro-Ministro sublinhou três «desafios muito importantes» para garantir a igualdade de género, começando por fazer referência «à necessidade de erradicar as formas de violência, em particular a violência doméstica e a violência de género».

«Outro desafio é a desigualdade salarial», acrescentou António Costa, afirmando que «em média, a desigualdade para o mesmo tipo de funções entre homens e mulheres ainda é de 18%», sendo ainda maior «nas profissões mais qualificadas».

Um terceiro desafio passa por garantir «uma melhor conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional. António Costa referiu que este «é um desafio transversal de reorganização da sociedade portuguesa, desde os horários na Administração Pública e os horários das empresas às formas como as famílias se organizam».

O Primeiro-Ministro frisou ainda a importância de «prosseguir uma trajetória de afirmação crescente da igualdade de género em todas as funções de responsabilidade». «Quando se introduziu a primeira lei da paridade, muita gente disse ser desnecessária porque pela natureza das coisas, a sociedade ia resolvendo o problema».

«Mas aquilo que tem sido demonstrado é que, infelizmente, são sempre necessárias medidas legislativas para assegurar que os mínimos previstos na lei vão sendo cumpridos, porque a dinâmica social não tem resolvido este problema», disse.

No dia anterior, na primeira vez que se assinalou um dia de luto pelas vitimas de violência doméstica, foram assinados protocolos para a criação de gabinetes de atendimento a vítimas de violência doméstica.