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O
Governo aprovou um conjunto de diplomas que
concretizam a sua estratégia para a área do Mar, na data em que se assinala o
Dia Nacional do Mar.
«O
Governo decidiu homenagear este dia com a aprovação de instrumentos ligados,
não apenas à ciência relacionada com o mar, de que é exemplo o Observatório do
Atlântico, como relativos à economia azul, caso da Estratégia ligada às
energias renováveis oceânicas e à questão dos investimentos nos portos e zonas
colaterais», disse a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, em Lisboa.
A
Ministra acrescentou: «Pela sua relevância, convém aqui destacar aquilo que é
uma aposta forte em matérias regulatórias como são os direitos dos marítimos, e
muito especialmente o diploma-chapéu que permitirá avançar agora para uma fase
de simplificação na área das pescas, marinha mercante e náutica de recreio»,
referindo-se ao Sistema Nacional de Marítimos e Embarcações.
«É
um diploma que vai desmaterializar todos os procedimentos, tornando-os mais
baratos e, acima de tudo, criar uma base de dados interativa entre toda a
informação que hoje está espalhada por diversos organismos», disse ainda Ana
Paula Vitorino.
Diplomas
aprovados
-
Condições de funcionamento da Comissão Instaladora do Observatório do
Atlântico, cuja missão é «definir as medidas e os instrumentos necessários à
criação, instalação e operacionalização» do Observatório, refere o comunicado do Conselho de Ministros.
O
mesmo documento recorda que o programa do Governo «prevê a criação de um Centro
de Observação Oceânica nos Açores, especialmente vocacionado para a
investigação, monitorização, proteção e exploração sustentável dos recursos do
Atlântico».
«Pretende-se
que a estrutura funcione em rede com as entidades competentes nacionais e
instituições de referência, nacionais e estrangeiras, assumindo-se como polo
agregador de conhecimento sobre o Oceano e sua transferência para a economia»,
acrescenta.
-
Estratégia para o aumento da competitividade da rede de portos comerciais do
continente, denominada «Horizonte 2026», e que define «um programa de apoio à
dinamização da atividade portuária e à simplificação administrativa».
«Esta
estratégia terá um impacto significativo para o crescimento da economia e para
o emprego através da criação de novos postos de trabalho, da criação de
atividades de valor acrescentado aceleradoras de negócios, do aumento da carga
movimentada, da sustentabilidade da utilização do transporte marítimo pela
promoção de combustíveis alternativos e da dinamização do turismo», refere o
comunicado.
O
objetivo do Governo é «contribuir para a retoma do investimento, redução dos
custos de contexto e relançamento da economia, transformando o potencial
existente em crescimento económico e em mais emprego», acrescenta.
-
Estratégia industrial e o plano de ação para as energias renováveis,
«estabelecendo linhas de orientação quanto ao aproveitamento de energias
renováveis obtidas através de infraestruturas instaladas ou a instalar em zonas
costeiras e no oceano», refere o comunicado.
«A
Estratégia Industrial para as Energias Renováveis Oceânicas tem como objetivo
principal criar as condições para a emergência de um novo cluster
industrial exportador com potencial de gerar, até 2020, 280 milhões de euros em
valor acrescentado bruto, 254 milhões de investimento e 1500 novos empregos
diretos, com uma contribuição para a balança comercial de 118 milhões»,
acrescenta.
O
comunicado diz ainda que a Estratégia e respetivo Plano de Ação «também
contribuem para a materialização dos Port Tech Clusters, posicionando a
rede portuária nacional como plataforma de aceleração da investigação
universitária e inovação industrial». A meta é «especializar portos e
estaleiros nacionais […] gerando uma nova base de clientes, crescimento e
emprego. Além disso, as energias renováveis oceânicas poderão suprir 25% do
consumo nacional anual de eletricidade, diminuindo 20% da dependência
energética nacional».
-
Criação do Sistema Nacional de Embarcações e Marítimos, «central, público e
informatizado, para dar publicidade e manter atualizada a informação relativa
às embarcações, marítimos e outros factos relacionados com o mar», refere o
documento.
-
Regime laboral dos trabalhadores marítimos, englobando um conjunto de
alterações impostas pela União Europeia, como «a manutenção dos direitos dos
trabalhadores em caso de transferência de empresas ou de estabelecimentos, bem
como a instituição de um procedimento de informação e consulta dos
trabalhadores nas empresas ou grupos de empresas de dimensão comunitária»,
conclui.
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