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2019-07-23 às 11h59

«Democratização do acesso ao Ensino Superior é crucial para sustentar crescimento económico»

Primeiro-Ministro António Costa na inauguração da Residência Universitária da Ajuda, Lisboa, 23 julho 2019 (Foto: Clara Azevedo)
O Primeiro-Ministro António Costa destacou que «a democratização do acesso ao Ensino Superior é crucial para sustentar o crescimento económico de Portugal».

Em Lisboa, na inauguração da primeira fase da Residência Universitária da Ajuda, António Costa referiu que «a valorização dos recursos humanos implica uma exigência de qualificação cada vez mais elevada e um acesso cada vez mais elevado ao Ensino Superior».

«Não basta dizermos que queremos crescer mais, temos de ter as políticas públicas adequadas para o fazer. E se há política pública que é indiscutivelmente essencial para um crescimento no País, é investir na qualificação dos nossos recursos humanos, investir no Ensino Superior, e investir na inovação e no desenvolvimento», acrescentou.

A inauguração da primeira fase da Residência Universitária da Ajuda faz parte da estratégia para democratizar o acesso ao Ensino Superior e garantir alojamento acessível a todos os alunos. «Hoje, o alojamento é uma das maiores barreiras ao acesso ao Ensino Superior e uma das maiores barreiras à mobilidade no acesso ao Ensino Superior», disse António Costa.

O Plano Nacional de Alojamento no Ensino Superior, apresentado pelo Governo em abril, prevê a duplicação do número de camas até 2023, passando das atuais 15 mil para 30 mil, havendo neste momento 11500 camas em novas construções e 3500 em edifícios que serão reabilitados.

A Residência Universitária da Ajuda vai ter capacidade para acolher 180 estudantes na primeira fase, mas o projeto prevê a construção de um outro bloco com quartos individuais e partilhados para mais 120 alunos.

António Costa afirmou também que «a diversificação da oferta do Ensino Superior num todo nacional é um dos instrumentos mais importantes de mobilidade no interior, e essa mobilidade é crucial para reforçar a coesão social e a coesão territorial em todo o País».

«Quanto maior a mobilidade for, mais deslocamentos há da residência. E quantos mais deslocamentos há da residência, mais necessário é resolver o problema do alojamento», acrescentou.

Esforço conjunto de Estado, municípios e instituições de ensino

O Primeiro-Ministro realçou a importância de Estado, municípios e instituições de ensino trabalharem em conjunto para garantir alojamento acessível a todos os estudantes e assegurar que ninguém seja impedido de aceder ao Ensino Superior por falta de condições económicas.

«É muito positivo que haja hoje uma grande congregação de esforços das universidades, dos municípios, do Estado, tendo em vista a disponibilização de mais camas no Ensino Superior. É um esforço que felizmente existe em todas as cidades universitárias», disse.

António Costa reiterou o compromisso com o País para garantir uma resposta urgente a esta necessidade, referindo que se o objetivo passa por reforçar a coesão social, não se pode interromper este ciclo de formação e qualificação dos recursos humanos.

O investimento no alojamento acessível no Ensino Superior contribui para dois objetivos do País até 2030: ter 60% dos jovens com 20 anos a frequentar o Ensino Superior e ter 3% do PIB a ser investido em investigação e desenvolvimento (um terço de fundos públicos e dois terços de fundos privados)».

«Isto implica um esforço muito grande que temos de continuar a fazer ao longo da próxima década», assegurou.

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, também esteve presente na inauguração e salientou que o número de alunos no Ensino Superior tem vindo a aumentar nos últimos três anos e o objetivo é que a tendência se mantenha, pelo que será essencial cumprir os planos de acessibilidade a alojamento acessível.