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2017-04-11 às 20h04

Estado social, solidariedade intergeracional e educação são essenciais para reduzir a pobreza de forma duradoura

Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva

O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, sublinhou que é preciso «concentrar energias» em três eixos principais para reduzir a pobreza «de forma consistente e duradoura».

Estas declarações foram feitas na Fundação INATEL, em Lisboa, num debate sobre erradicação da pobreza e os objetivos da ONU para 2030, de reduzir a pobreza para metade.

Lembrando que «as desigualdades geram pobreza», e que esta tem de ser vista «numa perspetiva económica (pobreza dos países), educativa (diferentes acessos à educação) ou regional (assimetrias regionais)», o Ministro realçou também o impacto da crise económica e financeira que assolou a Europa nos últimos anos.

Em primeiro lugar, Vieira da Silva referiu, «o fortalecimento do Estado social», porque «é errada a ideia de que o combate à pobreza é apenas papel da sociedade civil». «O Estado não deve fazer tudo, porque sou favorável a parcerias, mas políticas de combate à pobreza são função do Estado».

Em segundo lugar, o Ministro referiu que «é preciso recuperar o valor da solidariedade entre gerações, que sofreu um ataque profundo». Exemplo disso é «a redução do Complemento Solidário para Idosos para valores abaixo do limiar da pobreza», situação que entretanto já foi revertida.

Em terceiro lugar, o Ministro disse que é necessário «investir na educação e formação, área em que a sociedade viveu também «um recuo nos últimos anos».

«Ainda hoje, um jovem que conclua o 9.º ano de escolaridade tem 50% de probabilidades de os seus pais terem menos do que esse grau de escolaridade. Isto é o retrato de uma sociedade que é profundamente assimétrica» e «remete-nos para a urgência de não desvalorizarmos esta dimensão das nossas políticas públicas e do nosso consenso nacional», concluiu.