O Primeiro-Ministro António Costa afirmou a importância de reforçar o ensino do português em Timor-Leste, no último ato da sua visita oficial de dois dias ao país.
Numa intervenção perante os alunos do Externato São José, António Costa destacou a importância de Timor-Leste ser o único país lusófono na Ásia, pelo que o português «não é só mais uma língua, é a língua que faz a diferença» e «que reforça a identidade de Timor-Leste, faz a identidade de Timor-Leste».
«Foi esta identidade que fez com que na luta armada, na ação diplomática, ou no trabalho cultural e educativo, tenham resistido ao invasor e recuperado a liberdade e a independência», disse, referindo-se à ocupação indonésia entre 1975 e 1999.
António Costa tinha afirmado o apoio ao alargamento do projeto bilateral dos Centros de Aprendizagem e Formação Escolar – financiado conjuntamente por Portugal e Timor-Leste e cuja finalidade é capacitar professores timorenses– a todos os postos administrativos no país, e prometido ainda reforçar o apoio à Escola Portuguesa de Díli, que visitou.
No segundo dia da visita, o Primeiro-Ministro reuniu-se ainda com a Presidente do Parlamento Nacional, Fernanda Lay, e colocou flores na Cruz dos Mártires, no cemitério de Santa Cruz, numa homenagem às mais de 300 vítimas mortais do massacre de 12 de novembro de 1991, durante a ocupação indonésia.
O Primeiro-Ministro disse que a memória do massacre no cemitério de Santa Cruz deve ser mantida viva, pois «é uma forma de os homenagear e também de dar força e consolidar os valores pelo qual deram a vida», numa conversa com um dos sobreviventes do massacre.
Integraram a comitiva portuguesa os Ministros dos Negócios Estrangeiros, Gomes Cravinho, que
visita três países da região, e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.