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Notícias

2023-06-01 às 17h21

Portugal reitera apoio militar, político, diplomático e humanitário à Ucrânia

Primeiro-Ministro António Costa com o Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, na cimeira da Comunidade Política Europeia, Bulboaca, Moldova, 1 junho 2023
Primeiro-Ministro António Costa com o Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e o Alto Represente da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrel,na cimeira da Comunidade Política Europeia, Bulboaca, Moldova, 1 junho 2023
O Primeiro-Ministro António Costa reiterou o apoio militar, político, diplomático e humanitário à Ucrânia, numa reunião com o Presidente Volodymyr Zelensky, em Bulboaca, na Moldova, onde ambos participaram na cimeira da Comunidade Política Europeia.

«Continuamos lado a lado com a Ucrânia na defesa da sua integridade territorial e do direito internacional, e na procura de uma paz justa e duradoura. Para isso ser possível, a Rússia não pode ganhar esta guerra», escreveu no Twitter.

António Costa escreveu ainda que a reunião com o Presidente da Ucrânia foi «muito útil». Numa declaração à imprensa, acrescentou que «Portugal tem enviado bastante material militar de diferente natureza», de acordo com as suas «capacidades e disponibilidades».

Referindo-se especificamente ao pedido de aviões de combate F16, afirmou que Portugal só tem disponibilidade para participar nas ações de formação de pilotos ucranianos.

Autonomia estratégica da Europa

A segunda Cimeira da Comunidade Política Europeia, é «um importante formato para discutir os desafios comuns do nosso continente nas áreas da segurança, energia e conectividade», escreveu o Primeiro-Ministro.

Na cimeira participaram os líderes políticos de 43 países e três instituições europeias e a sua realização no este da Moldova, país que tem a sua integridade territorial contestada por separatistas russos e na qual estão estacionadas forças russas, foi um sinal político claro.

António Costa acrescentou que partilhou «o nosso caminho pioneiro na transição energética com resultados, por exemplo, na produção de hidrogénio verde», destacando «o contributo que Portugal pode dar para a autonomia estratégica da Europa nesta área».

Segurança energética

O Primeiro-Ministro referiu, na sua declaração, que «esta reunião da Comunidade Política Europeia foi mais um momento para encontrarmos a Europa na sua perspetiva alargada, e não só na restrita da União Europeia, e ver como podemos encarar os desafios comuns de aumentar a segurança energética», o que «é uma oportunidade enorme para o conjunto da Europa investir para acelerar a transição energética e reforçar as interconexões».

«Segurança significa diversificar fornecedores, rotas, fontes de produção de energia, e Portugal pode desempenhar um papel estratégico porque é dos países com maior intensidade de recurso às fontes renováveis», disse.

Interconexões

Em 2022, «mesmo num ano de grande seca, 58% de eletricidade que consumimos teve origem nas renováveis e, no primeiro trimestre deste ano, com mais chuva, conseguimos chegar aos 75%», referiu, lembrando a meta de chegar a 2026 com 80% da eletricidade produzida por fontes renováveis.

Esta produção permite ao País «estar na linha da frente da revolução que constitui o hidrogénio verde e os outros gases renováveis» e as interconexões das redes europeias «são grandes oportunidades para deixarmos de ser importadores, como sobretudo passarmos a ser exportadores».

As interconexões poderão fazer-se «por via terrestre, como através do acordo obtido com Espanha e com a França», ou «por via marítima, dado o acordo já aprovado pela Comissão Europeia entre o Porto de Sines e o Porto Roterdão e que estamos abertos a generalizar a outros países, designadamente a Alemanha», disse.

À margem desta cimeira, António Costa reuniu-se, além do Presidente da Ucrânia, assim como com o Primeiro-Ministro da Moldova, Dorin Recean, com o Chanceler federal da Áustria, Karl Nehammer, e com o Chefe do Governo de Andorra, Xavier Espot.