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2018-01-08 às 14h08

Ultrapassar bloqueios estruturais com próximo pacote de fundos comunitários

Primeiro-Ministro António Costa e Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, na reunião do Conselho Regional do Norte, Matosinhos, 8 janeiro 2018 (Foto: Fernando Veludo/Lusa)
O Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, afirmou que o pacote de fundos comunitários até 2030 deve ajudar a ultrapassar os bloqueios estruturais do Pais, dirigindo-se às reformas na administração pública para que seja mais competitiva, e à aposta na qualificação e na inovação.

Em Matosinhos, na reunião do Conselho Regional do Norte, Pedro Marques referiu que a inovação deve ser cada vez mais «orientada para as novas especializações económicas», acompanhando «os caminhos para onde vai a economia mundial».

O Ministro destacou ainda outras prioridades como a sustentabilidade demográfica, a redução da dependência energética da economia nacional, a economia do mar, a orientação para o mercado ibérico a partir das regiões do interior e a otimização da prestação em rede de serviços e bens públicos.

Olhar de outra forma para a floresta

O Ministro afirmou também que a União Europeia tem de mudar de políticas relativamente à forma como os fundos comunitários para 2030 serão utilizados na floresta do sul da Europa.

«Têm estado muito orientados para o desenvolvimento da agricultura competitiva», disse o Ministro, referindo que é altura de apresentar o caso da floresta do sul da Europa.

Pedro Marques disse que «para ocupar de forma sustentável e resiliente estes territórios, é preciso outra política florestal», que se assume como «absolutamente fundamental» depois dos incêndios que afetaram Portugal em 2017.

«As alterações climáticas estão a demonstrar que precisamos de ordenar para dar sustentabilidade a esta floresta e a estas regiões de baixa densidade», afirmou, sublinhando que a floresta do sul da Europa teve um desenvolvimento particular nos anos recentes através da plantação de espécies que não são autóctones mas que dão maior rendimento.

O Ministro destacou a necessidade de ocupar o território de outa forma. «É uma prioridade muito importante para o desenvolvimento do País e para a competitividade, resiliência e segurança das populações das regiões de baixa densidade».

Desenvolver potencial agrícola e florestal

Pedro Marques afirmou que o Governo considera crítico o desenvolvimento do potencial agrícola e florestal no futuro pacote de financiamento comunitário, até 2030.

O Ministro referiu que é altura de «exercer pressão adicional de corrida para o topo» no que diz respeito às qualificações dos jovens, à orientação das qualificações para novas especializações da economia e ainda na qualificação dos adultos.

«Precisamos de recuperar a mão-de-obra que não tem as qualificações necessárias, com uma orientação para a dupla certificação de competências: escolares e de qualificações, para as novas necessidades e profissões que economia vai reclamando», disse.

A reunião do Conselho Regional do Norte também contou com a presença do Primeiro-Ministro António Costa e tinha o objetivo de «começar a debater com as regiões a estratégia para a próxima década».

«Esperamos que, se for caso disso, esta reflexão produza uma transformação em toda a estratégia global do País», acrescentou Pedro Marques, fazendo notar o pilar da estratégia competitiva e de coesão.