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2019-03-20 às 14h18

Transformar floresta num «fator de riqueza coletiva»

Apresentação da primeira empresa pública de gestão florestal
O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que a reforma da floresta é essencial para que esta se possa tornar num «fator de riqueza coletiva».
 
Em Figueiró dos Vinhos, Leiria, na apresentação da estratégia da Florestgal, o Primeiro-Ministro salientou a importância de «saber gerir a floresta», para que esta deixe de estar abandonada ou entregue à exploração de espécies de crescimento rápido.
 
«Temos de passar para a floresta que produz, que associa o desenvolvimento de outras atividades complementares como a apicultura e o turismo, que promove a rentabilização e valorização do aproveitamento da madeira e que possa aproveitar todos os frutos e produtos associados e ter uma diversidade que permita ser resiliente ao fogo e não cause ameaça às populações», referiu.
 
A Florestgal é uma empresa pública de gestão e desenvolvimento florestal criada com o objetivo de contribuir para a sustentabilidade da floresta, incentivando o planeamento e gestão sustentável, e também para um território mais resiliente aos incêndios e mais seguro para os habitantes.
 
«O objetivo fundamental da Florestgal é pegar num conjunto de propriedades que hoje estão inativas, improdutivas, que não geram rendimento e que são uma ameaça para a segurança, e fazer uma gestão economicamente viável, que permita rendimento para os proprietários, acrescentar valor para o território, manter a floresta bem gerida e sem risco para a segurança», disse.
 
António Costa destacou que o facto de a empresa estar sediada em Figueiró dos Vinhos, um dos municípios mais afetados pelos incêndios de junho de 2017, é «uma forma de dizer de novo àqueles que perderam os seus entes queridos» que ninguém esquece o ocorrido e que se exige fazer tudo para que não volte a acontecer.
 
A empresa dispõe de 86 propriedades em 26 concelhos, num total de 14 mil hectares, e pretende incentivar o emparcelamento de terrenos para reduzir a fragmentação da propriedade e da produção, e será um parceiro para a população que não tem recursos financeiros para fazer a limpeza e a gestão da sua floresta.
 
«Podem encontrar uma fonte de rendimento para remunerar uma propriedade, que hoje não dá rendimento e ainda provoca dores de cabeça», acrescentou.