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2018-04-25 às 16h50

Temos a responsabilidade de manter viva a árvore da democracia que Mário Soares «tratou durante todos os dias da sua vida»

Primeiro-Ministro António Costa, Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, na inauguração do Jardim Mário Soares, Lisboa, 25 abril 2018 (Foto: Paulo Vaz Henriques)
O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que «temos a enorme responsabilidade de continuar a manter vivas as árvores que Mário Soares plantou, sobretudo essa grande árvore da democracia que ele semeou, que ajudou a fazer crescer e tratou durante todos os anos da sua vida».

O Primeiro-Ministro afirmou que «nunca será de mais prestarmos homenagem àquele que foi tantas vezes a voz e o rosto da nossa liberdade», na inauguração do jardim Mário Soares, a antiga parte sul do jardim do Campo Grande, em Lisboa, agora reabilitada, em que estiveram presentes o Presidente e a Vereação da Câmara Municipal de Lisboa.

Esta homenagem «é prestada num dia em que Mário Soares, se aqui estivesse, apreciaria que nos lembrássemos dele», «porque se devemos o 25 de Abril aos militares, devemos também àqueles que durante 48 anos fizeram a sementeira que permitiu essa ação libertadora, e entre eles está Mário Soares», disse.

A homenagem «ocorre num local que era particularmente importante para Mário Soares», pois «este era o seu jardim», onde esteve em criança com o seu pai, com os seus filhos e com os seus netos, tendo vivido toda a sua vida num prédio junto ao jardim.

O Primeiro-Ministro afirmou também que «este jardim tem outras duas simbologias», sendo a primeira que «encerra um roteiro, que começa nos Restauradores, sobe com a Liberdade, prossegue com a República e só podia terminar com Mário Soares».

A segunda é que Mário Soares amava as árvores que profundamente, referindo António Costa os jardins que Soares plantou na casa de Nafárros, no Palácio de Belém, e no cimo do prédio onde morava, e acrescentando que «a razão profunda para o seu amor aos jardins e às árvores tinha a ver com o seu amor à vida», tendo Soares, que não era crente, «encontrado na natureza uma forma de a vida poder ser eterna, renascendo eternamente».