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2019-07-18 às 18h19

Solução transitória para o Mediterrâneo reforça prioridade de salvar vidas

O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou que a solução transitória proposta por França e Alemanha para criar um mecanismo de resposta ao resgate de migrantes no Mediterrâneo deve ser melhorada e trabalhada mas é positiva porque reforça a prioridade de salvar vidas.

Em Helsínquia, na reunião informal de Ministros da Justiça e Assuntos Internos, Eduardo Cabrita referiu à Lusa que é no sentido de salvar vidas «que se constrói a proposta da França e da Alemanha, que deve ser melhorada e trabalhada».

Eduardo Cabrita afirmou que ainda não houve pleno acordo para acabar com as situações de impasse associadas ao resgate de migrantes no Mediterrâneo por navios humanitários e disse que «Portugal vai estar representado na próxima reunião, na segunda-feira em Paris, sobre este tema».

«França e Alemanha propõem um mecanismo de resposta até que haja uma solução definitiva. Uma resposta transitória para os barcos que têm surgido no mediterrâneo no último ano. São mais de uma dezena de barcos que o governo italiano deixou de aceitar nos seus portos, que são normalmente os mais próximos e seguros», explicou o Ministro, acrescentando que é positivo que os dois países se tenham juntado numa proposta deste tipo.

Para Eduardo Cabrita, «não há nenhuma razão para a situação de instabilidade que se vive no Mediterrâneo central», sendo necessário «combater o tráfico de pessoas» e «combater redes que aproveitam a vulnerabilidade de pessoas para fenómenos de migração legal».

A solução transitória estabelece regras de acolhimento, defendendo também que deve integrar o maior número de países. Portugal acolheu 142 migrantes no último ano - é o terceiro país que mais migrantes tem acolhido a partir dos barcos resgatados no Mediterrâneo, a seguir à França e à Alemanha.