«A execução orçamental das Administrações Públicas no primeiro trimestre em contabilidade pública registou um saldo positivo de 884 milhões de euros», refere o gabinete do Ministro das Finanças, Mário Centeno, em
comunicado, refletindo o bom momento que a economia atravessa.
O saldo representa uma melhoria de 1279 milhões de euros face a 2018, com um crescimento da receita de 8,2% e da despesa de 1,3%. O comunicado refere também que a despesa primária cresceu 2,6% e que a execução até março está «influenciada por efeitos sem impacto na melhoria do défice em contas nacionais no valor de cerca de 750 milhões de euros».
«O alargamento a janeiro de 2019 do prazo de pagamento de impostos relativos a 2018 tem um impacto positivo na receita de 291 milhões de euros (no ISP e no Imposto do Tabaco); o pagamento em 2018 de juros de swaps implica uma redução em termos homólogos de 306 milhões de euros; e o diferente perfil de pagamento de dívidas vencidas do SNS implicou uma menor execução em 2019 de 157 milhões de euros», pode ler-se.
O comunicado refere que estes fatores beneficiam o saldo de 2019 em contabilidade pública e que, em sentido contrário, «a antecipação de duodécimos em 2019 no âmbito da contribuição financeira para a União Europeia traduz-se num acréscimo de despesa de 157 milhões de euros face a 2018».
Crescimento da despesa pública
O crescimento de 1,3% na despesa primária foi influenciada pelo aumento nos salários (4,3%), nas prestações sociais (5%) e, em especial, no investimento público (21,6).
No que diz respeito ao crescimento da despesa primária (2,6%), o valor é justificado pelo efeito do diferente perfil dos reforços para regularização de dívidas de anos anteriores do Serviço Nacional de Saúde.
O comunicado destaca ainda que os pagamentos em atraso nos hospitais públicos diminuíram 186 milhões de euros para valores próximos dos mínimos históricos.