O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, destacou a prioridade dada, nos últimos meses, ao reforço dos meios e à modernização dos equipamentos da Força Aérea, no âmbito da Lei de Programação Militar (LPM), em que «um terço do valor global e dois dos setes projetos estruturantes» foram planeados para este Ramo.
Durante as comemorações do 67.º aniversário da Força Aérea, em Viseu, João Gomes Cravinho referiu que a LPM permitirá a aquisição de cinco aeronaves de transporte aéreo estratégico e tático e de cinco helicópteros de evacuação, «procurando sempre salvaguardar o duplo uso civil e militar».
«A Força Aérea procura hoje dar resposta às novas exigências» disse o Ministro, dando como exemplo o trabalho que tem sido feito ao nível do comando e gestão dos meios aéreos de combate aos incêndios bem como na «mais importante reorganização do seu dispositivo em três décadas, por forma a que o aeroporto Humberto Delgado possa aumentar a sua capacidade».
João Gomes Cravinho disse que as primeiras esquadras começarão a ser deslocadas em breve, dando início a um processo que decorrerá ao longo de alguns anos.
«Este é um processo que afetará, direta ou indiretamente, 7 das 10 esquadras da Força Aérea e quase 1 000 militares, bem como as suas respetivas famílias», explicou.
Agradecendo a dedicação diária de todos os militares e civis da Força Aérea, o Ministro referiu que «o elemento humano continua a ser o mais importante dos fatores para a projeção de uma Força Aérea moderna, fiável e capaz das mais exigentes missões».
«Sois todos vós, homens e mulheres, militares e civis, que ajudam a explicar como a Força Aérea tem conseguido superar as limitações financeiras e atingir o nível dos melhores», acrescentou.
A missão exigente e arriscada da Força Aérea
Sobre a missão da Força Aérea, João Gomes Cravinho referiu que a mesma é «de risco elevado, com exigentes níveis de prontidão e com tarefas de grande complexidade» e implica uma resposta «à mais pequena solicitação».
«Um dia normal na Força Aérea pode facilmente traduzir-se em várias missões para transporte urgente de órgãos entre vários pontos do território nacional, em evacuações médicas nas ilhas ou o resgate de tripulantes no mar alto», mas pode também «implicar a evacuação de soldados feridos em teatros operacionais distantes, como aconteceu recentemente na República Centro Africana», disse ainda.