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O
Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que «reduzir a pobreza entre crianças
e jovens é a primeira condição para não reproduzir uma nova geração de pobreza,
invertendo esse ciclo que mina o País», na entrega dos prémios Manuel António
da Mota, no Porto.
Lembrando
os dados revelados no dia 7, pelo INE, relativos às condições de vida, António
Costa destacou «a menor desigualdade, maior redução da pobreza e um risco de
pobreza mais baixo, sobretudo em menores de 18 anos».
«A
taxa de privação material teve a maior redução entre crianças e jovens, sendo
crucial dar continuidade à diminuição da privação material», sublinhou o
Primeiro-Ministro.
Eliminação
de fatores de exclusão social
O Primeiro-Ministro referiu
ainda que «erradicar a pobreza e eliminar os fatores de exclusão social são um
grande desafio que continua a estar presente», sendo esta «uma herança secular,
que certamente a crise dos últimos anos agravou, mas que temos que dar
resposta».
«O
crescimento económico registado este ano, bem como o aumento da criação de
emprego, ganham valor se permitirem rendimento partilhado entre todos», realçou
António Costa, acrescentando que «é esse sentimento de justiça que permite
reduzir e eliminar fatores de exclusão e erradicar a pobreza».
O
Primeiro-Ministro disse ainda: «Melhorar o rendimento disponível das famílias
passa necessariamente por mais e melhores salários» e «o contributo do salário
mínimo nacional para a redução da pobreza foi particularmente relevante num
país onde o número de trabalhadores em situação de pobreza era muito
significativo».
«É por isso que temos que
prosseguir essa trajetória, sendo essencial trabalhar naquele que tem que ser o
maior elevador social na vida coletiva, que é a maior garantia para a
erradicação da pobreza, que é o investimento na educação e na formação ao longo
da vida», acrescentou António Costa, realçando: «Esse é seguramente o maior
investimento no capital humano que podemos fazer».
Ultrapassar
o défice de conhecimento e formação
O
Primeiro-Ministro afirmou também que «o maior défice que temos não é o das
finanças», mas «o que acumulamos de ignorância, desconhecimento e ausência de
educação, formação e preparação».
«E é
esse défice histórico que temos que vencer se quisermos, e não podemos deixar
de querer, sermos melhores do que os melhores», acrescentou António Costa,
lembrando as políticas do Governo no sistema educativo, como a diminuição do
número de alunos por turma e a flexibilização dos currículos em cada
agrupamento.
O
Primeiro-Ministro disse: «Esta é a melhor forma de ganhar cada vez mais as
crianças para o ensino, para o estudo e para a promoção do sucesso escolar»,
concluindo: «Não se pode ignorar que o acesso à educação versátil é condição
fundamental para que as crianças e os jovens de hoje possam responder às
necessidades do futuro».
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