«Produzir energia a partir de fonte renovável é mais barato»

O Ministro do Ambiente e Transição Energética, Matos Fernandes, presidiu à apresentação de um projeto da EDP para investir 3,5 milhões de euros numa central fotovoltaica flutuante sobre as águas da albufeira do Alqueva. O projeto foi apresentado em Penacova.

O Ministro referiu que as centrais fotovoltaicas flutuantes são «uma tecnologia madura», já testada na barragem do Alto Rabagão, em Montalegre, e «com uma fortíssima componente portuguesa», que permitirá, como a generalidade das energias renováveis, «um preço menor na produção da própria eletricidade».

Matos Fernandes disse que «produzir energia a partir de fonte renovável é muito mais barato do que a partir de combustível», o que trará vantagens no preço final «sobretudo às famílias e às empresas».

«Há uma necessidade imensa» de aproveitamento das fontes de energia renováveis, designadamente de instalação de mais centrais fotovoltaicas, para que Portugal cumpra o objetivo de «85% da energia consumida ter origem em fontes renováveis», em 2030.

O Ministro disse também que os planos de ordenamento das albufeiras, que estão em fase de revisão, vão reservar espaços para instalar novas centrais fotovoltaicas flutuantes.

Estes planos, são planos especiais de ordenamento do território que consagram as medidas de proteção e valorização dos recursos hídricos da albufeira a que se aplicam, para assegurar a sua utilização sustentável.

A EDP planeia instalar 11 mil painéis fotovoltaicos na albufeira do Alqueva, no Alentejo, com uma produção estimada de 6 000 MegaWatts, replicando em escala muito maior o projeto do Alto Rabagão, no rio Tâmega, que tem 840 painéis e está a funcionar com sucesso desde 2016.

A central fotovoltaica flutuante do Alqueva servirá ainda para testar a acoplagem aos painéis solares baterias de iões de lítio para acumular energia que será utilizada quando não há sol. 

E também para testar o uso de energia solar para alimentar a bombagem de água para o sistema do Alqueva.