O Primeiro-Ministro António Costa destacou que o
novo Sistema de Incentivos à Inovação é «importante, inovador, inteligente e mobilizador dos recursos para a atividade produtiva» e permite aumentar a qualidade dos projetos e o financiamento disponível.
Na Marinha Grande, na apresentação dos resultados do primeiro concurso que também contou com a presença dos Ministros Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e do Planeamento, Nelson de Souza, o Primeiro-Ministro salientou que a inovação no modelo de financiamento, conjugando os instrumentos públicos com o financiamento da banca, permitiu disponibilizar 567 milhões de euros na primeira fase – 350 de subsídio direto do SI Inovação e 217 de empréstimos bancários, cuja garantia parcial e os juros são assumidos pelo Portugal 2020.
António Costa afirmou também que este modelo inovador tem duas vantagens: «Aumenta o volume do financiamento disponível, podendo alavancar mais com os recursos existentes, e faz com que sejam quatro olhos a apreciar os projetos em vez de dois».
O Primeiro-Ministro sublinhou que o modelo permite melhorar muito a qualidade do projeto: «Tem de preencher exigências de política pública (reforçar a coesão territorial, criar mais e melhor emprego, permitir uma melhor incorporação da própria economia nacional), mas é fundamental que também tenha a rentabilidade económica necessária para que sejam projetos em que o financiamento existe e a empresa continua amanhã, produzindo riqueza e mais emprego, independentemente dos apoios públicos que teve».
«Este sistema e o esforço de inovação que temos de fazer é transversal à economia portuguesa. Temos de investir muito nos bens transacionáveis para podermos continuar a sustentar crescimento com base nas exportações», disse António Costa, reiterando o objetivo de fazer com que as exportações representem 50% do PIB durante a próxima década.
Aumentar capacidade produtiva das empresas
O Primeiro-Ministro salientou que «aquilo que tem sustentado fortemente o crescimento da economia portuguesa é o investimento empresarial e o aumento das exportações», que são decisivos para recuperar o capital destruído durante os anos da crise.
«Temos mesmo de investir mais para podermos ser mais produtivos nas empresas e mais competitivos na nossa economia», disse, elencando os fatores fundamentais para o crescimento da economia: «Criar boas condições de financiamento, assegurar a estabilidade macroeconómica do País, garantir a autonomia financeira das empresas e disponibilizar políticas públicas e apoios públicos ao investimento».
Neste sentido, António Costa destacou também a importância de programas como o Capitalizar e o Interface, não só para «aumentar significativamente o nível de autonomia financeira das empresas» mas também para transferir conhecimento dos centros de produção de saber para a atividade económica.
«Se queremos continuar a ser competitivos, temos de inovar cada vez mais», realçou, garantindo que Portugal dispõe de duas coisas fundamentais: «Recursos disponíveis para financiar inovação e um tecido empresarial capaz de apresentar novos projetos e novas ideias».
Esta conjugação permite que Portugal prossiga a trajetória de convergência com a União Europeia dos últimos anos e mantenha o rumo de robustecimento da economia.
O Primeiro-Ministro referiu que a evolução positiva «vai continuar a ser sustentável porque as empresas vão continuar a investir, a aumentar valor, a aumentar a produtividade, a criar mais emprego, com melhor remuneração, melhores quotas de mercado e a exportar cada vez mais bens e serviços».
Segundo estimativas resultantes dos projetos apoiados, as empresas beneficiárias do SI Inovação verão as suais exportações anuais aumentar em 1,9 mil milhões de euros, criando mais 9400 postos de trabalho em todo o País. Esta ferramenta financeira já apoiou 602 projetos em todo o País, num investimento global superior a 1,2 mil milhões de euros.