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2017-11-22 às 15h21

Poupar água é uma prioridade para sempre

95% do território continental atravessou uma situação de seca severa ou extrema no final de 2017 (Foto: Nuno Veiga/Lusa)
O Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que a redução do consumo de água em Portugal vai ser necessária e não apenas pela seca.

«Não vai haver mais água no futuro», disse o Ministro, durante um workshop sobre «Economia circular em geotecnia ambiental», em Coimbra.

O Ministro realçou a necessidade de os portugueses começaram a consumir menos água, tendo em conta os efeitos que as alterações climáticas vão provocar no País e um pouco por todo o mundo.

«Durante muito tempo, e bem, estivemos muito focados na eficiência energética mas a energia é uma coisa que se produz», referiu, acrescentando que a água não se produz e «por isso a eficiência hídrica tem de ser já hoje uma preocupação de igual dimensão da eficiência energética e, no futuro, terá até de ser uma preocupação maior».

O Ministro do Ambiente afirmou que os portugueses começam a sentir que estão em seca e elogiou os municípios que estão a acompanhar o Governo neste esforço de redução do consumo de água e campanha de sensibilização para a consciencialização da população.

A filosofia de «poupar água, poupar água, poupar água» é válida «para as famílias, para as empresas, para as autarquias, para todos», acrescentou Matos Fernandes.

Plano de Ação para a Economia Circular

João Pedro Matos Fernandes disse ainda que o Plano de Ação para a Economia Circular tem o objetivo de promover a discussão e as ações do Governo, da investigação, das empresas e da comunidade.

As ideias-chave do plano estão alinhadas com os principais temas estruturais da economia circular: design para reparar e reutilizar, incentivos de mercado, educação ambiental, perdas e desperdício alimentar, subprodutos e simbioses, regeneração de água e nutrientes, na inovação e na investigação.

O Plano de Ação para a Economia Circular potencia as ações na indústria que exijam «colaboração e sinergias ao longo de toda a cadeia de valor, em setores particularmente intensivos na extração e uso de recursos, ou de projeção nacional importante».

O Ministro destacou ainda a importância das ações regionais e locais, uma vez que «têm de ser as comunidades a desenvolver as soluções para o contexto que é seu», assumindo um papel de «âncoras de desenvolvimento».

O Governo, o Fundo Ambiental e as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional vão apoiar ideias de negócio que sejam exemplo de economia circular em Portugal e iniciativas que visem reformular o uso do plástico nas empresas e projetos locais das juntas de freguesia que «estimulem o envolvimento dos cidadãos no desenvolvimento de soluções enquadradas e aceleradoras de uma economia circular».

Destaque para o setor de construção

João Pedro Matos Fernandes salientou o setor de construção no âmbito da economia circular por haver «espaço para conjugar esforços ao longo da cadeia de valor, nas metodologias de construção, desconstrução e reutilização, nos modelos de negócio, nos novos materiais e na reciclagem».

O Ministro referiu também que o mecanismo financeiro do Espaço Económico Europeu para a economia circular (EEA Grants) «conta com seis milhões de euros para promover estas abordagens em prol de uma melhor produtividade material e imaterial».

Matos Fernandes afirmou que o plano de ação é flexível e traça apenas o mapa do caminho a seguir. Cabe a todos «reinventar a economia, tornando-a mais eficaz e, acima de tudo, mais inteligente no uso, preservação e regeneração dos recursos, numa economia não de escassez mas de abundância».