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2018-09-17 às 22h16

Portugueses e angolanos «necessitam uns dos outros neste mundo globalizado»

Primeiro-Ministro António Costa e Ministra da Saúde angolana, Sílvia Lutucuta, visitam a obra do Hospital Materno-Infantil da Camana, Luanda, 17 setembro 2018
Portugueses e angolanos «necessitam uns dos outros neste mundo globalizado, sobretudo num momento em que os continentes europeu e africano percebem que têm um enorme desafio pela frente no seu relacionamento», disse o Primeiro-Ministro António Costa num encontro com a comunidade portuguesa em Luanda.

Referindo-se à Aliança Europa-África que a UE pretende desenvolver, António Costa disse que «Portugal e Angola têm o estrito dever de pôr ao serviço deste desígnio as suas capacidades».

O Primeiro-Ministro referiu novamente a necessidade de olhar para o futuro: «Todos já ouvimos falar sobre os laços seculares entre Portugal e Angola. Agora, é responsabilidade da nossa geração a história que vai ser contada daqui a 20, 50 ou cem anos», disse.

«Há sempre um porto de abrigo»

António Costa recordou que os últimos dez anos, com a crise em Portugal e, posteriormente, em Angola, ensinaram que «a existência desta grande ponte entre Portugal e Angola é uma enorme segurança para todos nós, porque todos sabemos que há sempre um porto de abrigo, há sempre um novo espaço de oportunidades, novas condições para a construção da esperança».

As crises permitiram testar as relações luso-angolanas nos momentos difíceis, e «ao longo dos últimos dez anos passámos o teste». 

«Em todos os momentos difíceis que Portugal passou, Angola não nos virou as costas. E em todos os momentos difíceis de Angola, vocês [a comunidade portuguesa] não viraram as costas a Angola», frisou.

«Amigos resolvem com amizade as questões que se colocam»

«Os amigos resolvem com amizade as questões que se colocam», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa acerca das dívidas angolanas a empresas portuguesas, que «é seguramente um problema que as empresas portuguesas irão ver resolvido».

«Tal como em Portugal, quando sofreu uma crise grande, muitas empresas portuguesas encontraram aqui, em Angola, uma oportunidade de trabalho, não podemos também ignorar que a queda do preço do petróleo teve impacto na economia angolana», disse.

O Primeiro-Ministro acrescentou que «esse problema teve impacto em muitas empresas, mas tem vindo a ser feito um trabalho de certificação e, seguramente, serão encontrados bons caminhos».

António Costa afirmou que tem encontrado da parte das autoridades angolanas «grande preocupação, interesse e motivação para que essas questões sejam ultrapassadas», no final de um passeio pela baía de Luanda com o Ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Domingos.

O Primeiro-Ministro visitou também o navio português «Viana do Castelo» e a obra do Hospital Materno-Infantil da Camana, acompanhado pela Ministra da Saúde angolana, Sílvia Lutucuta, que está a ser feita por uma empresa portuguesa.