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2018-10-18 às 22h40

Portugal vai receber refugiados a partir do Egito e da Turquia

Portugal vai receber, em novembro, cerca de 150 refugiados que estão no Egito. O primeiro grupo composto por mais de mil pessoas, será reinstalado em Portugal até 2019.

«Vamos receber em novembro, a partir do Egito, cerca de centena e meia de refugiados que foram objeto de uma primeira missão de seleção que decorreu em junho», referiu o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, no final da Conferência sobre Migrações - Da Gestão de Crise à Governança Futura, que decorreu em Viena, na Áustria.

Ao abrigo do programa europeu de reinstalação, aprovado em 2017 pela Comissão Europeia, Eduardo Cabrita referiu que Portugal manifestou disponibilidade para acolher um total de mil pessoas que se encontram em campos de refugiados no Egito e na Turquia.

«Estes refugiados são oriundos de países terceiros e selecionados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e pela Organização Internacional para as Migrações», explicou o Ministro.

Política migratória carece de visão global

Eduardo Cabrita referiu também a necessidade «de existir uma visão global na abordagem deste fenómeno».

«Temos de ter fronteiras seguras, mas a Europa tem de ter uma política comum de apoio à migração legal», afirmou, acrescentando que Portugal vai precisar de migrantes, desde estudantes a técnicos qualificados.

O Ministro disse que Portugal tem encontrado, juntamente com Espanha, França e Alemanha, soluções para acolher migrantes que estão em embarcações no meio do Mediterrâneo. Eduardo Cabrita referiu, contudo, que o futuro modelo deverá «assentar numa resposta europeia estável e permanente» e dar prioridade à «cooperação com África».

Estender o diálogo aos países africanos

«A única forma de trabalhar os fenómenos migratórios, a longo prazo, é a apostar no desenvolvimento dos países africanos», disse Eduardo Cabrita, acrescentando que o diálogo tem de ir «muito para além do espaço lusófono», e que deverá incluir países do norte de África, Magrebe e África Ocidental.

Antes de concluir, o Ministro relembrou que não há, no Parlamento português, ninguém que «tenha uma posição contrária ao acolhimento de migrantes ou de refugiados».