A Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, sublinhou «o pioneirismo de Portugal naquilo que foi uma intervenção completamente revolucionária no âmbito dos direitos humanos», referindo-se à abolição da pena de morte.
Estas declarações foram feitas na inauguração da exposição comemorativa dos 150 Anos da Abolição da Pena de Morte em Portugal, em Lisboa.
Reafirmando a «irredutibilidade de Portugal no que respeita à defesa de direitos fundamentais num mundo em mutação constante», a Ministra acrescentou: «Ao fazer estas comemorações, que se iniciaram no ano passado e que se prolongam para este ano, aquilo que dizemos é que, tal como há 150 anos, Portugal rejeita um Estado que mata, porque é justamente isso que está em causa».
Após ter estado aberta ao público em Coimbra, ao longo de quatro meses, a exposição «Condenados à pena última» foi inaugurada no Palácio Foz, em Lisboa, onde permanecerá até 1 de julho.
A mostra percorre a história da abolição da pena de morte em Portugal e narra execuções ocorridas até 22 de abril de 1846, data em que teve lugar, em Lagos, a última execução em Portugal.
Segundo dados divulgados na exposição, só no final de 2016 os países abolicionistas ultrapassaram os países que mantém a pena de morte. Na Europa, apenas a Bielorrússia, continua a aplicar esta prática.