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2019-08-30 às 18h17

Portugal quer desenvolver plano nacional para combater desinformação e ciberataques

A Secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, afirmou que o Governo formalizou a candidatura ao Centro Europeu de Excelência para Combate às Ameaças Híbridas com o objetivo de criar um plano nacional para combater fenómenos como a desinformação e ciberataques.

Em Helsínquia, no final de uma reunião informal dos chefes da diplomacia da União Europeia, a Secretária de Estado referiu que ‘este é um tema interessante para Portugal porque, em Lisboa, a academia da NATO sobre cibersegurança está a desenvolver uma ação nacional e a fazer a identificação dos pontos de vulnerabilidade», que permitirão realizar um plano de nacional de luta contra as ameaças híbridas.

A candidatura apresentada trará benefícios para Portugal: «Prepara-nos melhor para toda a necessidade de cooperação nesta matéria, de troca de informação, quer ao nível da União de Europeia, quer ao nível da NATO».

Ana Paula Zacarias referiu que a manipulação de informação tem tido mais destaque por ser um fenómeno mais visível mas acrescentou que Portugal tem tido «interferências nos sítios públicos das páginas web dos ministérios», que são dirigidas a órgãos públicos mas que também afetam empresas e serviços financeiros.

«Temos de falar e ver o que é identificado como ameaça e o que cada setor está a fazer para se precaver e tentarmos encontrar uma linha a nível nacional», disse.

Criado em 2017 pelo governo finlandês, o centro junta Estados-membros da União Europeia, como Alemanha, Áustria, Chipre, Dinamarca, Estónia, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França, Itália, Grécia, Letónia, Lituânia, Holanda, Polónia, República Checa, Roménia, Suécia e Reino Unido. Agrega, ainda, membros da NATO, como o Canadá, Estados Unidos, Noruega, Montenegro.

Para aderir a este centro, Portugal vai pagar uma verba anual de 60 mil euros, montante que poderá vir a diminuir caso o número de membros aumente.