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2019-03-25 às 12h58

Portugal quer crescer através de uma economia de baixo carbono

Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, no lançamento dos trabalhos do Roteiro para a Neutralidade Carbónica, Lisboa, 11 outubro 2017
«Desde 2005, Portugal já reduziu em mais de 20% as suas emissões de gases com efeitos de estufa» afirmou o Ministro do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, em declarações à agência Lusa após a conferência anual do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD Portugal), subordinada ao tema «Sociedade 5.0: O desafio das Sociedades Inteligentes Sustentáveis», em Lisboa.

Acrescentando que «o País tem um conjunto de compromissos já muito estruturados em termos daquilo que é o futuro da neutralidade carbónica e a evolução para uma economia circular», o Ministro referiu que, para Portugal cumprir as metas previstas pela União Europeia, é preciso investir mais 2 mil milhões de euros até 2050.

João Pedro Matos Fernandes disse que foi, sobretudo, este desafio que veio fazer aos participantes da conferência, além de reafirmar a disponibilidade do Governo para partilhar as responsabilidades quanto a obstáculos que venham a colocar-se aos promotores de riqueza. 

Até 2030, Portugal quer chegar aos 80% na produção de eletricidade com recurso a fontes renováveis e aos 35% de eficiência energética no consumo de energia.

Papel das empresas na redução da poluição

Afirmando que o Governo quer uma economia que cresça, não apenas a partir de indicadores financeiros, mas também da utilização de energias de baixo carbono (hipocarbónicas), que são menos poluentes para o ambiente, o Ministro disse: «Crescer significa regenerar recursos num mundo hipocarbónico». 

As energias de baixo carbono emitem menos gases tóxicos para a atmosfera comparadas com as fontes fósseis, sendo menos poluentes, logo, uma forma de combater as alterações climáticas.

João Pedro Matos Fernandes acrescentou que esta conferência visa, sobretudo, «discutir o papel que a sociedade de informação pode ter numa sociedade mais justa e sustentável do ponto de vista ambiental», e que é necessária uma visão «mais além do que os problemas da tecnologia e soluções que oferecem».

Sublinhando que a transformação necessária para que o mundo seja neutro em carbono passa muito pelas empresas privadas, o Ministro concluiu: «Estão aqui muitas empresas portuguesas comprometidas com estas matérias que, obviamente, nunca se conseguem desligar do seu dia a dia, mas estão a fazer um caminho no sentido da descarbonização».