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2019-08-26 às 14h18

«Portugal está ao lado de Moçambique e sempre apoiará o desenvolvimento deste país irmão»

Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, na abertura da Feira de Agropecuária, Comercial e Industrial de Moçambique, Maputo, 26 agosto 2019 (Foto: António Silva/Lusa)
«Portugal está sempre ao lado de Moçambique e sempre apoiará o desenvolvimento deste país irmão», afirmou o Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, em declarações à agência Lusa, em Maputo, Moçambique, onde se encontra em visita oficial.

Acrescentando que «as relações bilaterais estão num momento muito positivo», o Ministro lembrou que «as visitas recentes do Presidente Nyusi a Portugal e de representantes portugueses a Moçambique têm permitido a celebração de um conjunto de instrumentos de cooperação muito importantes».

«Portugal apoia os esforços que o governo de Moçambique está a fazer, quer no sentido do desenvolvimento económico, quer no sentido da pacificação», disse ainda Pedro Siza Vieira à Lusa, referindo-se ao Acordo de Paz assinado a 6 de agosto entre o chefe de Estado, Filipe Nyusi, e o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Ossufo Momade.

Oportunidade para empresas portuguesas em Moçambique

«A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) tem feito um trabalho importante em familiarizar as empresas portuguesas com os de negócios nos grandes projetos», afirmou ainda o Ministro, na abertura da Feira Agropecuária, Comercial e Industrial de Moçambique.

Lembrando que «a representação do Governo neste evento é habitual, dada a relevância das empresas portuguesas em solo moçambicano», Pedro Siza Vieira acrescentou que «a criação de riqueza no país deverá ser catapultada para níveis inéditos na próxima década, com o início da extração de gás natural na bacia do Rovuma, norte de Moçambique, dentro de três anos».

«Já há empresas portuguesas nos trabalhos em curso, por exemplo, na construção de infraestruturas, presença a partir da qual se tenta o mais possível que outras congéneres possam participar depois na cadeia de valor e de fornecimento desses projetos de investimento», disse o Ministro.

Pedro Siza Vieira referiu também que «os investimentos ligados ao gás natural são de tamanha dimensão que têm lugar para todos». As petrolíferas que lideram os empreendimentos preveem investimentos de cerca de 50 mil milhões de dólares, que vão colocar Moçambique entre os 10 principais fornecedores de gás do mundo.

«Aquilo que sabemos é que o conhecimento que Portugal tem deste mercado e a capacidade que as empresas portuguesas têm, dada a presença de décadas neste país, fazem com que sejam participantes importantes do que se venha a passar em Moçambique», concluiu.

Contexto económico entre os dois países

Entre 2017 e 2018, as exportações de bens e serviços de Portugal para Moçambique cresceram 5,4% para 352 milhões de euros. No mesmo período, as importações caíram 12,7% para cerca de 78 milhões de euros.

No primeiro quadrimestre de 2019, houve sinais positivos nos dois sentidos da troca de bens face ao mesmo período de 2018, com as exportações de bens de Portugal para Moçambique a aumentarem 2,4% para 55 milhões de euros, enquanto as importações subiram 56% para 12 milhões de euros.

Máquinas, aparelhos, químicos e produtos alimentares representam mais de metade do que Portugal fornece, enquanto que os crustáceos e açúcares correspondem a 76% das compras a Moçambique.