Portugal e Colômbia criam Conselho Estratégico para reforçar relações entre os dois países

A Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, afirmou que as relações entre Portugal e Colômbia vão ganhar um «novo dinamismo» com a criação de um Conselho Estratégico, concebido para reforçar e alargar as relações bilaterais.

Em declarações à agência Lusa, durante a visita oficial à Colômbia, a Secretária de Estado referiu que as relações «não se esgotam nos planos político e económico» e que existe o objetivo de as alargar a setores como o cultural, o de ensino, o de ciência e o de conhecimento.

O Conselho Estratégico será composto por um conjunto de personalidades dos dois países que terão como missão «dar o seu contributo para que o relacionamento entre os dois países possa ganhar um novo dinamismo».

«Estamos em final de escolha das personalidades que integrarão o Conselho Estratégico. De um lado e de outro, serão pessoas de altíssimo nível, com percursos quer nos campos económico quer nos cultural e científico», disse.

A Secretária de Estado reuniu-se com a sua homóloga, Patti Londoño, e tem previstas reuniões com representantes de vários organismos internacionais presentes naquele país, incluindo as Nações Unidas, Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Missão de Apoio ao Processo de Paz Colombiano da Organização dos Estados Americanos.

Na visita, Teresa Ribeiro manterá ainda contactos com empresários portugueses na Colômbia, a comunidade residente e com os cônsules honorários de Portugal no Equador e na Colômbia.

A Secretária de Estado abordou também o projeto de cultivo que Portugal e a União Europeia vão lançar para contribuir para a paz na Colômbia, que contempla um investimento de 3,9 milhões de euros e que será desenvolvido durante três anos.

Teresa Ribeiro referiu que o projeto destina-se à mobilização dos pequenos agricultores para o cultivo de cacau, «um cultivo ativo de um produto que tem ótimas condições de crescimento e expansão na Colômbia».

A Secretária de Estado acrescentou que o projeto «obedeceu a características muito particulares» e envolveu as comunidades locais, os pequenos agricultores, as autoridades locais, o Governo da Colômbia e o setor privado.

«Era essencial assegurar a implicação das autoridades e seu interesse no desenvolvimento da iniciativa», disse.

O projeto insere-se no quadro do Fundo Fiduciário da União Europeia «para dar resposta aos desafios colocados pelo processo de paz na Colômbia».