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2018-11-06 às 13h37

Portugal e China criam laboratório para o espaço e os oceanos

Imagem artística do microsatélite Demeter (Imagem: D. Ducors/CNES/ESA)
Portugal e China vão criar, em 2019, um laboratório tecnológico direcionado para a construção de microssatélites e observação dos oceanos, a funcionar em Peniche e Matosinhos.

O anúncio foi feito pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, em comunicado.
O laboratório, designado STARLab, estará a funcionar em pleno em março do próximo ano e implicará um investimento global de 50 milhões de euros a cinco anos, repartido em partes iguais entre Portugal e a China. Do lado português, os 25 milhões de euros serão de origem pública e privada.

O comunicado refere também que o investimento será canalizado sobretudo para o emprego qualificado - designadamente, engenheiros - e para a produção de microssatélites, setor no qual a China tem crescido.

«Estamos perante uma excelente oportunidade de acelerar o conhecimento sobre os oceanos e o Espaço e cumprir o nosso desígnio de estudo aprofundado do Atlântico», refere o comunicado, acrescentando que O STARLab «possui metas a nível científico que passam pelo estudo de fenómenos naturais e os seus potenciais impactos sistémicos e ambientais.»

O Ministro afirmou que a iniciativa «irá fortalecer uma parceria de longo prazo entre a China e Portugal nas áreas da Ciência e Tecnologia, passando a ser uma entidade de referência na Europa, de colaboração com a Academia de Ciências Chinesa, parceira deste projeto».
 
Manuel Heitor disse ainda que o laboratório irá «desenvolver microssatélites em interligação com sensores em terra e no mar», que possam medir «as condições atmosféricas e a humidade do solo», essenciais para a agricultura, assim como fazer observações oceânicas.

A criação do STARLab será formalizada com assinatura de um protocolo entre os dois países durante a visita oficial do Presidente chinês, Xi Jinping, a Portugal, prevista para dezembro.

A iniciativa resulta de uma colaboração entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia, a empresa aeroespacial Tekever e o Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto - que tem projetos na área da vigilância marítima e exploração do mar profundo - e a Academia de Ciências Chinesa, através dos institutos de microssatélites e de oceanografia.

De acordo com o mesmo comunicado, o STARlab deverá incentivar a abertura de centros científicos e tecnológicos em Portugal e na China, em Xangai.