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2017-12-05 às 20h07

Portugal com resultados positivos no estudo internacional sobre literacias de leitura

Secretário de Estado da Educação, João Costa
Portugal com resultados positivos no estudo internacional sobre literacias de leitura
«As aprendizagens essenciais devem ser trabalhadas ouvindo quem está no terreno» afirmou o Secretário de Estado da Educação, João Costa, defendendo a «construção coletiva de políticas educativas, com sustentabilidade, para melhorar resultados». É neste sentido que a área de governação da Educação está a agir, com medidas concretas de monitorização e intervenção.

O caminho apontado surge no âmbito da sessão de apresentação dos dados da última edição do PIRLS - Progress in International Reading Literacy Study, promovida pelo Instituto de Avaliação Educativa, na Escola Secundária Dom Pedro V, em Lisboa.

Os alunos a frequentar o 4.º ano, em fevereiro de 2016, participaram neste estudo internacional sobre literacia de leitura e literacia de leitura online, no âmbito do qual Portugal alcançou 528 pontos na escala do PIRLS, encontrando-se no conjunto de participantes que registaram uma pontuação média superior ao ponto central da escala (500 pontos). Face a 2011, esta pontuação representa uma descida de 13 pontos (19.º/30.º).

Contrariando a tendência internacional, Portugal alcançou melhor pontuação média na avaliação de leitura em papel (PIRLS) do que na avaliação de leitura online (ePIRLS), que se realizou pela primeira vez, (522 pontos, ou seja, cinco pontos abaixo da pontuação média obtida no PIRLS).

Portugal foi um dos três participantes que não registou diferenças de género nas pontuações médias obtidas no PIRLS e no ePIRLS, tal como não registou diferenças significativas entre as pontuações médias alcançadas nas finalidades da leitura (informativa e literária) e a média global do PIRLS (528 pontos), verificando-se uma descida nas pontuações nos dois tipos de finalidades face a 2011.

Quando se considera exclusivamente a avaliação da leitura informativa, Portugal registou melhor pontuação média no PIRLS do que no ePIRLS.

A área de governação da Educação prossegue o desenvolvimento e consolidação de um conjunto de medidas, iniciadas em 2016, a partir de grandes eixos de intervenção que incluem:

- a monitorização contínua de resultados através das Provas de Aferição e dos instrumentos de diagnóstico produzidos no âmbito dos Planos de Ação Estratégica das Escolas;
- o Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, com cerca de 400 ações de formação, bem como  parcerias com instituições de ensino superior para a divulgação de plataformas e instrumentos de rasteio para deteção precoce de dificuldades, para que se possa trabalhar antes que o insucesso chegue;
- atividades de promoção da leitura - das quais se destaca o Plano Nacional de Leitura 2027 - com a reativação de materiais de apoio às atividades de leitura orientada, o reforço das atividades culturais e científicas de fomento da leitura no 1.º ciclo, a dinamização de projetos que estimulam o gosto pela leitura, de estudos sobre hábitos e processos de desenvolvimento da leitura, de programas municipais de leitura;
- as Aprendizagens Essenciais de Português, com a identificação daquilo que todos os alunos têm de aprender, ganhando tempo para uma efetiva consolidação da aprendizagem da leitura;
- a participação no InCode 2030, literacia digital inscrita nas Aprendizagens Essenciais de TIC.

O PIRLS, estudo internacional de avaliação da literacia de leitura dirigido a alunos com quatro anos de escolaridade formal, é organizado, desde 2001, pela International Association for the Evaluation of Educational Achievement. Portugal participou, pela primeira vez, em 2011.

Em fevereiro de 2016, realizou-se a 4.ª edição do PIRLS, que tem uma periodicidade de cinco anos. Nesta edição participaram 50 países e 11 regiões em benchmarking. Contou com a participação de 218 escolas portuguesas (199 públicas e 19 privadas), 318 turmas e 4558 alunos.
Áreas:
Educação