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2019-06-26 às 12h19

Portugal Chama alargado a empresas para reduzir incêndios no País

Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, na apresentação da parceria entre o Governo e diversas empresas portuguesas para a campanha Portugal Chama, Lisboa, 19 junho 2019 (Foto: João Bica)

«98% dos incêndios que ocorrem em Portugal são causados por pessoas» e «quase 60% destes incêndios têm origem em comportamentos negligentes», de que são exemplo as queimadas de sobrantes agrícolas ou atividades de lazer, como festas populares, afirmou o Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira.

Estas declarações foram feitas em Lisboa, na cerimónia de apresentação da parceria entre a área governamental da Economia, e as empresas e associações empresariais aderentes à campanha Portugal Chama.

Na cerimónia realizada em Lisboa aderiram as empresas EDP, Altice, Galp, BP, Prio, Brisa, Ascendi, Sonae, Jerónimo Martins, Delta e CTT, e as Associações da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor (ARAC) e da Indústria Papeleira (CELPA).

«Os portugueses causam incêndios», pelo que «há um trabalho importante no sentido de capacitar o País para melhor prevenir e combater os fogos rurais», sublinhou o Ministro.

Pedro Siza Vieira disse ainda: «Uma parte significativa deste trabalho passa pela mudança de comportamentos, assumindo maior consciência dos riscos que ocorrem na manipulação do fogo em ocasiões particulares do ano, diminuindo – a partir daqui – o número de ignições e de ocorrências de grandes incêndios».

«A vossa participação, pela forma muito pulverizada que têm de chegar às pessoas é uma boa forma de alertarmos todos para o trabalho que temos, em conjunto, de fazer para reduzir o risco de incêndio», referiu o Ministro.

58 medidas adotadas pelo Governo

«Esta campanha é apenas uma peça no trabalho que vimos fazendo, nos últimos dois anos, para capacitar o País com o objetivo de melhor resistir aos fogos rurais e aos riscos que estes representam para as nossas populações», afirmou também Pedro Siza Vieira.

Referindo que «todos os anos, os períodos de maior calor e seca se tornam mais frequentes e prolongados no tempo», o Ministro realçou: «Quando conjugamos estas alterações climáticas com uma paisagem rural que mudou radicalmente nos últimos 50 anos, as condições estão criadas para que ocorram grandes incêndios».

«E os grandes incêndios periodicamente ocorrem», acrescentou Pedro Siza Vieira, exemplificando, primeiro com o período entre 2003 e 2006, quando «arderam centenas de milhares de hectares», depois com os incêndios de Pedrógão Grande e do dia 15 de outubro, ambos de 2017.

Lembrando que, neste mesmo ano, a Assembleia da República constituiu uma comissão técnica independente para apurar causas e fazer recomendações, o Ministro sublinhou que «o relatório conclusivo, foi muito importante para o Governo, que lhe deu total cumprimento».

«Nestes últimos dois anos, foram levadas a cabo 58 iniciativas que alteram a forma como o nosso dispositivo de prevenção e combate aos fogos rurais está pensado», disse Pedro Siza Vieira, dando enfoque ao «reforço da prevenção dos fogos rurais através da gestão do território e cuidado dos espaços rurais, a par da qualificação e profissionalização dos agentes envolvidos no combate aos fogos».

Referindo que «muitas das 58 medidas já foram concretizadas», o Ministro afirmou que atualmente, existe uma «gestão muito grande de combustíveis, da qual a limpeza de terrenos é a ação mais visível».

«O programa Aldeias e Pessoas Seguras levou à capacitação de milhares de pessoas, para que saibam o que fazer em caso de incêndio», acrescentou Pedro Siza Vieira, realçando a importância de medidas como «a recuperação das áreas ardidas, para termos um território mais resiliente», «o recrutamento intensivo de sapadores florestais» ou «o programa de revisão e integração do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais».

E concluiu: «Se reduzirmos o número de grandes incêndios, estamos a salvar a vida de pessoas, a proteger melhor os nossos bens, e estamos a transformar este País para que possamos viver com mais tranquilidade, segurança e qualidade ambiental».