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2019-02-05 às 11h47

Participação de Portugal em missões militares internacionais aumentou 17%

Primeiro-Ministro, António Costa, no 1.º Seminário da Defesa Nacional, Lisboa, 5 fevereiro 2019 (Foto: Miguel A. Lopes/LUSA)
O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que, em 2018, Portugal empenhou «uma média mensal de 860 militares» em operações e missões internacionais, o que representa um aumento de 17% em relação a 2017.

Durante o I Seminário de Defesa Nacional, que decorreu em Lisboa, o Primeiro-Ministro referiu que «Portugal tem de estar presente com uma voz responsável e credível na miríade de organizações internacionais, onde os países cooperam, para garantir a regularidade do funcionamento e a segurança do sistema internacional».

Apesar do Portugal ser um dos «destinos mais seguros do mundo», António Costa disse que «não está imune a um leque alargado de ameaças», o que implica um trabalho «permanente» de controlo de riscos e prevenção.

O Primeiro-Ministro referiu também que o País deve estar preparado não apenas para «mitigar ao máximo os efeitos dessas ameaças - caso ocorram - mas também restabelecer rapidamente as normais condições de funcionamento da sociedade».
 
Reavaliar o modelo de participação do Estado nas Indústrias de Defesa 

Referindo-se às indústrias da defesa como «um ativo estratégico e um setor em que existe um importante interesse nacional», António Costa afirmou que o Governo está a reavaliar o modelo previsto para a participação do Estado no sector, tendo como base a Política Comum de Segurança e Defesa e o seu desenvolvimento nos últimos dois anos e meio.

A «aprovação da Lei de Programação Militar, o compromisso de investimento em defesa assumido no quadro da NATO e os recentes desenvolvimentos no âmbito da Defesa europeia sugerem, assim, a revisitação que está a ser feita pelo Governo do modelo previsto para as participações do Estado nas indústrias de defesa», disse o Primeiro-Ministro.

Programas de defesa da NATO e da União Europeia

António Costa referiu-se também à estratégia global da União Europeia para a Política Externa e de Segurança, aprovada em 2016, que abriu caminho para a cooperação estruturada permanente e a criação do Fundo Europeu de Defesa.

A existência de uma indústria de defesa nacional «associada a tecnologias de elevado valor acrescentado», estimulará a ligação aos centros de investigação e as universidades nacionais e potenciará o «seu envolvimento com os mercados internacionais de defesa», disse ainda.

O Primeiro-Ministro referiu que, neste âmbito, está prevista a participação dos Estados em programas multinacionais da União Europeia e da NATO e que «em última análise, também melhora as perspetivas de sustentabilidade das Forças Armadas portuguesas».