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2019-05-19 às 12h11

«O mar é um desígnio nacional do futuro»

Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, na cerimónia militar do dia da Marinha, Coimbra, 19 maio 2019
O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, destacou a importância do Mar para Portugal, durante a cerimónia militar do Dia da Marinha, que decorreu em Coimbra, onde esteve também a Secretária de Estado da Defesa Nacional, Ana Santos Pinto.

Durante a sua intervenção, João Gomes Cravinho referiu que o País precisa de uma Marinha bem equipada para responder aos desafios atuais e que, nos próximos 12 anos, o Estado vai fazer «um reforço muito significativo» ao nível dos meios humanos e equipamentos, designadamente na renovação da frota.

«Existe, hoje, na nossa sociedade, um amplo consenso sobre a centralidade que o mar deve assumir no nosso desenvolvimento enquanto sociedade do século XXI e na afirmação internacional» disse o Ministro, acrescentando que «o mar representa hoje um espaço de inovação e desenvolvimento que nos cabe fazer cumprir e configura-se como um dos nossos ativos estratégicos principais».

João Gomes Cravinho referiu também que «o trabalho desenvolvido pela Marinha, em todas as dimensões da sua interação com os nossos espaços marítimos e ribeirinhos, contribui de forma insubstituível para esse conhecimento, para esse sentido de pertença, para essa ligação afetiva com o mar».

«É um desígnio nacional e uma profunda fonte de sentido de pertença se o seu conhecimento for apoiado e suportado, como base de políticas públicas», disse ainda.

Sobre o Instituto Hidrográfico - que visitou recentemente - o Ministro disse que o mesmo constitui «um exemplo superior do potencial imenso que a aposta no conhecimento científico pode gerar» para a sociedade portuguesa e cujo projeto de mapeamento «conta já com cerca de 39% do nosso mar territorial e 48% da nossa Zona Económica Exclusiva mapeados». 

Por se tratar de um «imperativo que a Defesa Nacional continuará a promover», João Gomes Cravinho desafiou os centros de investigação e universidades a associarem-se «à produção de conhecimento inovador que potencie as nossas capacidades», e que cumpram o desígnio nacional de promover o bom nome do nosso País».

«Recrutar mais e melhor»

Relativamente ao o recrutamento militar, João Gomes Cravinho afirmou que «as Forças Armadas portuguesas enfrentam o desafio de recrutar mais e melhor e de oferecer carreiras atrativas para os nossos jovens» e que «a Marinha não é exceção».

Apesar da «dificuldade em preencher as vagas de efetivos e em reter os jovens que se aventuram numa carreira militar», o Ministro disse que «a perceção que os cidadãos têm sobre a carreira militar é um fator crucial na sua atratividade».

Importa «continuar a trabalhar para termos Forças Armadas que reflitam a sociedade portuguesa e a sua ambição», disse João Cravinho, acrescentando que as mesmas devem oferecer «todas as condições para uma perspetiva de carreira que, pese embora as suas condicionantes específicas, garanta um futuro estável e recompensador para quem escolhe integrar a família militar».